Mecanismos moleculares induzidos pela riboflavina durante a osteogenese in vitro: perfil proteomico e analise da cascata wnt.

Resumo

Migração, adesão e proliferação de pré-osteoblastos constituem passos iniciais para a ocorrência da neoformação óssea, cujo processo depende de estímulos específicos. Os osteoblastos já diferenciados são capazes de manter uma relação íntima com a matriz extracelular (MEC), inclusive regulando sua remodelação, processo essencial para a mineralização biológica. Durante a osteogênese, os osteoblastos controlam a expressão de moléculas de adesão celular e citoesqueleto, expressões de diversas proteínas, ativação ou modulação de algumas vias de transdução de sinais (proteínas quinases ativadas por mitógenos/MAPKs e Wnt) e, ainda, a ação das fosfatases alcalinas, metaloproteinases e catepsinas. Apesar desses alvos moleculares já terem sido identificados durante este processo, a relação entre os mesmos, bem como a participação e inter-relação entre esses alvos nos diferentes estágios de desenvolvimento dos pré-osteoblastos, ainda precisam ser analisados. Nesse contexto, estudos que possam permitir a elucidação da real função dessas proteínas e também que apontem novas substâncias que induzam a diferenciação e conseqüentemente a neoformação óssea podem dar uma contribuição ampla, tanto na área de pesquisa básica quanto na aplicada. Portanto, o questionamento principal do presente projeto é: Qual o mecanismo molecular da ação da riboflavina como indutor de neoformação óssea? Para responder essa questão temos os seguintes objetivos específicos: 1) analisar com detalhes as vias de sinalização envolvendo MAPKs, Wnt e metaloproteinases; 2) identificar outras proteínas que sejam essenciais para o processo de diferenciação, bem como para a ação da riboflavina através da obtenção do perfil proteômico; 3) definir as proteínas quinases que são essenciais para esse processo através do PepChip. Portanto, o projeto tem caráter inédito no estudo da biologia óssea do ponto de vista de identificação de alvos moleculares essenciais para o processo, utilização da riboflavina como indutor da osteogênese, introdução do PepChip como ferramenta para estudos de processos normais e futuramente, a inclusão dessa técnica no diagnóstico e prognóstico de doenças ósseas.