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Impacto das alterações histológicas, moleculares e genéticas no tratamento cirúrgico e na evolução clínica do paciente com hiperparatireoidismo primário relacionado à neoplasia endócrina múltipla do tipo 1

Processo: 16/25594-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de fevereiro de 2018 - 31 de janeiro de 2020
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Fábio Luiz de Menezes Montenegro
Beneficiário:Fábio Luiz de Menezes Montenegro
Instituição Sede: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Delmar Muniz Lourenço Jr ; Luiz Fernando Ferraz da Silva ; Marília D Elboux Guimarães Brescia ; Sergio Pereira de Almeida Toledo
Assunto(s):Neoplasia endócrina múltipla tipo 1  Paratireoidectomia  Hiperparatireoidismo primário  Hipoparatireoidismo 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:gene MEN1 | Hiperparatireoidismo primário | Hipoparatireoidismo | neoplasia endócrina múltipla tipo 1 | paratireoidectomia | Perda de heterozigose | Cirurgia de Cabeça e Pescoço / Endocrinologia

Resumo

O hiperparatireoidismo (HPT) é a manifestação clínica mais comum da neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 (NEM1). A detecção pode ser por complicações clínicas atribuíveis à hiperfunção do tecido paratireóideo ou pela observação de níveis anormais de cálcio e do paratormônio (PTH). A alteração patológica da paratireoide é benigna, mas complicações ósseas e renais decorrentes da hiperfunção podem ser graves. Há uma prevalência significativa em pacientes mais jovens na NEM1, bem como a predominância de doença multiglandular das paratireoides. Admite-se na NEM1 que o indivíduo herda um dos alelos mutados e que o desenvolvimento da doença na paratireoide está relacionado ao evento da mutação no outro alelo do gene. A segunda mutação pode ocorrer em tempo diferente em cada paratireoide, o que fundamenta a assimetria encontrada na morfologia das glândulas, durante a paratireoidectomia..A paratireoidectomia é a única forma efetiva de tratamento do HPT na NEM1. Ela pode minimizar os riscos de complicações ósseas e renais, com vantagem econômica para a sociedade e benefício da saúde individual. O caráter multiglandular do HPT na NEM1 determina dificuldade em estabelecer a extensão do tratamento cirúrgico nesses indivíduos. Existem propostas de ressecções seletivas, subtotais, totais com autoenxerto imediato de paratireoide e totais exclusivas. As condutas mais limitadas associam-se a menor risco de hipoparatireoidismo, mas maior frequência de recidiva. O hipoparatireoidismo é uma complicação com impacto também na qualidade de vida.Os métodos de imagem não podem assegurar a identificação de todas as glândulas hiperfuncionais. A interpretação macroscópica pelo cirurgião pode ser equivocada. A análise histopatológica convencional também não permite determinar a evolução funcional. Existe dúvida quanto ao tecido remanescente (quer seja num coto de uma resseção subtotal ou nos fragmentos de paratireoide autoenxertadas) quanto ao seu futuro comportamento. A hipótese de que a detecção de mutação somática (2º evento genético) no tecido remanescente pode ser preditiva da função deste tecido ainda não foi testada. O presente estudo objetiva correlacionar as alterações estruturais, moleculares e genéticas com o perfil metabólico-laboratorial, com a necessidade de reposição de cálcio e calcitriol e a evolução clínica. Caso existam correlações, este estudo pode gerar informação relevante para a tomada de decisão de indicação, modalidade de paratireoidectomia a ser empregada e prognóstico em pacientes com HPT na NEM1.Serão avaliados prospectivamente a(s) paratireoide(s) implantadas ou remanescente no coto em 45 pacientes com HPT na NEM1 submetidos à paratireoidectomia total com auto enxerto ou subtotal segundo a (o):a) ocorrência de perda de heterozigose tecidual no gene MEN1;b) presença e grau de expressão da proteína MENIN;c) perfil sérico de PTH, cálcio, fósforo, magnésio, fosfatase alcalina, uréia, creatinina, albumina, P1NP, CTx, Osteocalcina, entre 3-10 dias pós-operatório e 1,2,4,6,9,12,18 e 24 meses após a abordagem cirúrgica;d) necessidade de reposição de cálcio e calcitriol;e) evolução densitométrica;f) qualidade de vida (SF36) no pré-operatório e nos 6, 12,18 e 24meses pós-operatórios;Durante a operação serão colhidos fragmentos da(s) paratireoide(s) enxertadas ou remanescente no pescoço (coto). Parte deste material será encaminhada para análise histológica (rotina) e para imunohistoquímica com anticorpo anti-menin. Outra parte será encaminhada em nitrogênio líquidos para biorrepositório, afim de, posteriormente ser realizada a extração de DNA; PCR e sequenciamento do gene MEN1 e análise de perda de heterozigose. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
DE MENEZES MONTENEGRO, FABIO LUIZ; GUIMARAES BRESCIA, MANILLA D'ELBOUX; LOURENCO JR, DELMAR MUNIZ; ARAP, SERGIO SAMIR; D'ALESSANDRO, ANDRE FERNANDES; E SILVA FILHO, GILBERTO DE BRITTO; DE ALMEIDA TOLEDO, SERGIO PEREIRA. Could the Less-Than Subtotal Parathyroidectomy Be an Option for Treating Young Patients With Multiple Endocrine Neoplasia Type 1-Related Hyperparathyroidism?. FRONTIERS IN ENDOCRINOLOGY, v. 10, . (16/07504-2, 16/25594-9, 15/25444-4)

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