Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infe...
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluídos Complexos
INCT 2014 - Envelhecimento e Doenças Genéticas: Genômica e Metagenômica
Resumo
O Instituto de Investigação em lmunologia (iii), inicialmente criado como um Instituto do Milênio em 2001, atua em doenças Infecciosas, HIV/AIDS, alergias, doenças autoimunes, transplantes e imunodeficiências primárias. Estas enfermidades, com forte componente imunológico, constituem problemas de saúde que afetam milhões de pessoas em nosso país e no mundo. Além da relevância socioeconômica, estas doenças são também modelos biológicos importantes, pois permitem avançar no conhecimento de mecanismos fisiopatológicos, possibilitando o desenvolvimento de estratégias terapêuticas orientadas pela fisiopatologia. A Imunologia foi pioneira no desenvolvimento e uso de biofármacos. A expansão do arsenal de anticorpos monoclonais e proteínas recombinantes comercializados requer compreensão das causas e mecanismos das doenças-alvo, para o desenvolvimento de terapias inovadoras. Acreditamos que uma abordagem global e integrada que inclua ferramentas clínicas, moleculares, informáticas, de biologia de sistemas e epidemiológicas seja necessária para encontrar novas soluções para essas questões. Precisamos de conhecimento integrado e mais abrangente para inovar no desenvolvimento de novas vacinas, nas imunoterapias para rejeição dos transplantes, nas doenças infecciosas e suas sequelas, nas doenças autoimunes, e nas alergias e imunodeficiências. O iii propõe desenvolver pesquisa de tradução visando testar, em seres humanos, as estratégias inovadoras desenvolvidas na experimentação. Nas três etapas anteriores do iii, formamos recursos humanos e criamos instalações para o desenvolvimento de rotas tecnológicas. Isto nos permitiu caminhar do reconhecimento da doença para a descoberta de mecanismos patogênicos, passando [...] desenho de biofármacos baseados nestes mecanismos e chegar a testes em modelos animais, criando um portfólio de novos imunobiológicos. Durante a terceira fase do iii, formamos 42 mestres, 82 doutores e 21 pós-doutores, gerando 468 publicações, aprimoramos nosso portfólio de produtos em desenvolvimento, obtivemos patentes e financiamentos para os ensaios clínicos que estão por iniciar. Continuaremos a pesquisa de tradução nas diversas áreas temáticas, com foco especial na produção e testes clínicos dos produtos de nosso portfólio. Em autoimunidade, vamos avançar o projeto da vacina candidata contra o S. pyogenes e a febre reumática, realizando os primeiros estudos clínicos fase I/IIa com o nosso já patenteado produto, além de avaliar seu papel terapêutico. Também testaremos imunomoduladores (probióticos naturais ou recombinantes) na doença inflamatória intestinal. Tais probióticos também serão testados no transplante e em doenças infecciosas como a leishmaniose, transplante e o HIV/AIDS. Planejamos vários estudos sobre a patogênese da infecção pelo HIV e a AIDS, e meios de auxiliar no tratamento, com estratégias que atuem no sistema imune. Concluiremos os ensaios pré-clínicos em primatas, qualificando-nos, assim, para realizar o primeiro estudo clínico fase I com a nossa vacina profilática candidata contra o HIV, também já patenteada. Essas duas vacinas contra o S. Pyogenes e contra o HJV foram totalmente concebidas por pesquisadores brasileiros do iii. Continuaremos os estudos de imunologia celular e molecular da patogenia das imunodeficiências primárias. Testaremos novas abordagens para prevenção/tratamento da leishmaniose tegumentar e visceral e, na Dengue, realizaremos uma inovadora varredura de anticorpos neutralizantes, com implicações para o conhecimento da patogenia e tratamento da doença, incluindo teste de terapia genética com tais anticorpos. Investigaremos potenciais mecanismos da tolerância operacional no transplante humano. Estudaremos a atividade imunorreguladora do anticorpo anti-CD3 humanizado, e iniciaremos estudos sobre as células T reguladoras humanas, visando uso em terapia celular, além do anticorpo monoclonal humano anti toxóide tetânico, para uso em terapia. Nas alergias, estudaremos novos alérgenos de importância no Brasil, buscando também novas mutações associadas à alergia, a interferência do parasitismo por A lumbricoides na asma, e avaliação de reatividade cruzada entre alérgenos. Aliado à pesquisa de tradução, continuaremos a investir na formação de estudantes, compartilhando saberes e na capacitação para o trabalho em rede. Para potencializar o trabalho em rede e o treinamento de pessoal, desenvolvemos plataformas - Proteômica, Epidemiologia e Ensaios Clínicos, Produção de Imunobiológicos, Bioinformática, Qualidade e Ensino e Interação com a Sociedade - que possibilitam o funcionamento matricial com as diferentes áreas temáticas. Nesta nova fase do iii, incluímos três eixos conceituais à sua estrutura matricial- imunorregulação, microbiomas e biologia de sistemas. Esses potencializarão a integração transversal entre as diferentes áreas temáticas, estimulando colaborações, dentro de uma visão mais integrada dos processos patológicos e fisiológicos. Visando somar forças para resolver gargalos ainda em aberto, incorporamos no iii jovens cientistas, ex-alunos do ii. Acreditamos que a Ciência pode ter um papel importante também na educação básica e na construção de cidadania mais ativa. O iii inclui na sua missão desenvolver projetos educacionais relacionados à ciência, imunologia e saúde com professores e estudantes da rede pública, assim como com a população de áreas endêmicas para as doenças em que trabalhamos, estimulando a curiosidade e despertando a vocação pela ciência. Ademais, o iii se atua na comunicação/difusão do conhecimento científico junto à sociedade, contribuindo para a aproximação da sociedade do mundo da ciência. Na configuração atual, o iii compõe uma rica combinação de indivíduos capaz levar os produtos criados pelo instituto para aplicação clínica, gerar novos conhecimentos, novos produtos e contribuir para as políticas públicas, em sintonia com a sua missão de elevar a imunologia brasileira a padrões internacionais. (AU)
Matéria(s) publicada(s) na Revista Pesquisa FAPESP sobre o auxílio:: |
Una carrera de obstáculos |
Corrida de obstáculos |
O quebra-cabeça da imunidade |
Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio: |
TITULO |
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias (0 total): |
Mais itensMenos itens |
VEICULO: TITULO (DATA) |
VEICULO: TITULO (DATA) |