O estudo de galáxias em grupos com o SAM-FP e o T80-sul e a construção do telescópio ABRAS T100

Resumo

O instrumento SAM-FP, instalado dentro do SOAR Adaptive Module (SAM) no telescópio SOAR, e utilizado regularmente com o dispositivo Fabry Perot para a obtenção de cubos de dados com resolução espectral de 11200 e resolução espacial de 0,5 segundos de arco. Este instrumento foi testado em 2015 e será aberto para uso da comunidade em 2016B, com a primeira chamada "early-science". Em colaboração com o Laboratoire d'Astrophysique de Marseille (LAM), temos realizado vários estudos da cinemática de galáxias em grupos nos ultimos anos. O principal objetivo desta proposta é dar ao nosso grupo meios para maximizar o retorno da ciência com o instrumento SAM-FP, fazendo alterações neste instrumento que permitirão que um novo CCD seja utilizado (EMCCD). O principal objetivo científico que queremos alcançar com o SAM-FP é melhorar nossa compreensão da cinemática no centro de galáxias próximas no contexto do problema cusp-core. Um segundo projeto, que é tambem foco deste pedido, é o T80-sul, um telescópio robótico de 80 centímetros, localizado no Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile. A ele esta acoplada uma câmara óptica, com um amplo campo de visão de 2 graus quadrados, com a qual queremos fazer um mapeamento de 8000 graus quadrados do céu chamado S-PLUS. Um dos objetivos desta proposta é nos preparar para usar bem os dados que serão obtidos neste mapeamento. Entre outros projetos, o SPLUS nos permitirá estudar a morfologia e populações estelares de galáxias em sistemas próximos, estudar aglomerados globulares e galáxias anãs em torno das galáxias mais próximas e procurar por grupos e aglomerados, para estudos de evolução das galáxias. Finalmente um terceiro foco desta proposta é terminar a instalação de um telescópio de 1,0 m (o telescópio ABRAS) na Argentina, que será dedicado a observações no infravermelho próximo (J, H, K). A construção deste telescópio foi totalmente financiada até agora pelo Governo da Argentina (pelo Observatório de Córdoba) e pela Universidade de São Paulo, através do Núcleo de Pesquisa chamado LabCosmos. (AU)