Entre a Literatura e a Filosofia: o tema da sexualidade no pensamento de Jean-Jacq...
Processo: | 15/22120-3 |
Modalidade de apoio: | Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil |
Data de Início da vigência: | 01 de fevereiro de 2016 |
Data de Término da vigência: | 31 de janeiro de 2017 |
Área do conhecimento: | Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia |
Pesquisador responsável: | Maria das Graças de Souza |
Beneficiário: | Maria das Graças de Souza |
Instituição Sede: | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil |
Assunto(s): | Filosofia política Antropologia Trabalho Ética Discurso Jean-Jacques Rousseau Publicações de divulgação científica Produção científica Livros |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Antropologia | Ócio | preguiça | Rousseau | Segundo Discurso | trabalho | Ética e filosofia política |
Resumo
Trata-se de analisar a elaboração conceitual e a função das noções de "trabalho", "indolência" e "ócio" na antropologia de Rousseau, apontando de que maneira é possível realizar a leitura da gênese da humanidade e da gênese da história a partir da gênese do trabalho. Pretende-se também examinar como o desenvolvimento das formas de trabalho permite pensarmos o labor em suas variadas categorias: Rousseau descreve e distingue qualitativamente diversas espécies de trabalhos humanos sempre considerando os dados heterogêneos que compõem os sucessivos quadros do estado de natureza histórico. No primeiro estado de natureza retratado no Segundo Discurso, os homens encontravam-se esparsos em uma natureza pródiga: vivendo em terra fértil e abundante, na qual podiam plenamente usufruir de sua indolência natural, os indivíduos equiparavam-se aos animais e suas faculdades distintivas encontravam-se em potência. Neste meio ambiente generoso, que não exigia senão um mínimo esforço instintivo para a sobrevivência, o trabalho era inexistente. Entretanto, este modelo, no qual a preguiça se apresenta como atributo antropológico fundamental que mantém o homem apegado ao estado de coisas em que se encontra, transforma-se no momento em que surgem os obstáculos: a natureza, tornando-se avara, passa a esconder seus frutos. Abandonando sua indolência, o homem vê e faz nascer uma primeira espécie de trabalho e constrói seus primeiros objetos técnicos; é no momento desta gênese que a liberdade e perfectibilidade se atualizam e o homem, assim, terá acesso propriamente à sua humanidade. Examina-se, então, a partir do desenvolvimento das formas de trabalho, de que maneira o homem passa a tomar consciência de si e do outro, dando início ao desenvolvimento da história, da razão e da sociedade. Pretende-se, portanto, demonstrar e contextualizar como a noção de trabalho, que suplanta a ociosidade paradisíaca, opera como ponto de inflexão fundamental na antropologia de Rousseau. (AU)
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