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"Amas e mães escravas: Perspectivas comparadas sobre maternidade de escravas, separação de mães e filhos e cuidado de crianças nas sociedades escravistas do Atlântico"

Processo: 15/07530-0
Modalidade de apoio:Auxílio Organização - Reunião Científica
Vigência: 24 de setembro de 2015 - 25 de setembro de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História da América
Pesquisador responsável:Maria Helena Pereira Toledo Machado
Beneficiário:Maria Helena Pereira Toledo Machado
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Aleitamento materno 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amamentação | crianças escravas | Discurso médico-científico | história de mulheres | maternidade escrava | história social da escravidão e do pós-emancipação

Resumo

O seminário tem por principal objetivo reunir pesquisadores das áreas de história da escravidão, das mulheres, da medicina e da infância, nas sociedades escravistas do Brasil, dos Estados Unidos e do Caribe, com foco nas questões relacionadas à maternidade, à amamentação, ao cuidado de crianças livres e escravas e à separação entre as escravas e seus filhos. Os temas do seminário atentam para as múltiplas e complexas práticas da maternidade que marcaram as diversas sociedades escravistas das Américas, em que mulheres escravas, além de desempenharem o papel de reprodutoras e mães de próprios filhos, responderam pelos cuidados e pela amamentação das filhas e filhos de seus proprietários. O entendimento histórico da experiência da escravidão feminina impõe uma reflexão a respeito das complexas questões relacionadas à instituição da escravidão, baseada na apropriação legal do corpo e da força de trabalho e de como ela foi perpassada pela condição de gênero. Assim, a mulher escravizada, e seu corpo, foram duplamente apropriados, como ferramenta de trabalho geradora de riquezas e como espaço de reprodução da escravidão. O estudo da maternidade escrava, atravessada como foi pelas questões de gênero, raça e violência, requer o enfrentamento de problemas complexos, como o da violência sexual, da miscigenação e da impossibilidade de tais mulheres de fato atuarem como mães de seus próprios filhos. Consideradas como reprodutoras de seus próprios filhos, a escravidão lhes negava o direito à maternidade, isto é, não considerava a mulher escrava como portadora dos direitos de amamentar, cuidar e zelar por seus próprios filhos e filhas. O seminário em tela - parte de um projeto mais amplo financiado pelo Arts and Humanities Research Council (AHRC), do Reino Unido- reunirá, em dois dias de atividades, pesquisadores e professores de diversas universidades brasileiras e estrangeiras, e promoverá um intercâmbio entre pesquisadores do tema. (AU)

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