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Psicologia cognitiva da leitura: pesquisas sobre aprendizagem da leitura, seu desenvolvimento e seu impacto no ensino da linguagem escrita

Processo: 14/24147-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Vigência: 16 de agosto de 2015 - 15 de setembro de 2015
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Cognitiva
Pesquisador responsável:Maria Regina Maluf
Beneficiário:Maria Regina Maluf
Pesquisador visitante: José Carlos Junça de Morais
Inst. do pesquisador visitante: Université Libre de Bruxelles (ULB), Bélgica
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Aprendizagem  Alfabetização  Linguagem escrita  Cognição 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alfabetização | aprendizagem da linguagem escrita | cognição | Linguagem escrita | Psicologia da Leitura | aprendizagem e ensino da linguagem escrita

Resumo

A proposta de visita destina-se a reforçar um intercâmbio já existente com pesquisadores brasileiros que desenvolvem estudos sobre psicologia cognitiva da leitura, cujas hipóteses encontram fundamento na ciência da leitura, particularmente nas neurociências, e desenvolveu-se sobretudo nos últimos 30 anos. Insere-se em um projeto integrado de pesquisa com resultados de interesse teórico e aplicado, que impactam o ensino da linguagem escrita nas escolas brasileiras. A psicologia cognitiva da leitura é relativamente nova no Brasil e acompanha o que há de mais atualizado na literatura universal sobre iniciação das crianças na linguagem escrita, ou seja, na alfabetização. Alfabetizar com sucesso e no menor tempo é uma das urgências da educação nacional. Os beneficiários da visita fazem parte de grupos mais amplos (Grupo de Trabalho da ANPEPP; Grupos de Pesquisa do Diretório de Pesquisa do CNPq) e publicam no Brasil e fora do País. Os projetos de pesquisa que diretamente se beneficiarão da visita se inserem no referencial teórico-metodológico da psicologia cognitiva da leitura e são de caráter predominantemente experimental. Têm delineamento com grupos de intervenção e de controle, ou comparam os participantes com eles mesmos nas etapas de pré-teste, intervenção e pós-teste. As pesquisas estão sendo realizadas em escolas da rede pública e em escolas da rede privada, pois um de nossos objetivos é estudar o impacto das condições da escola e do ensino sobre a aprendizagem das crianças. Os participantes são crianças das últimas etapas da educação infantil (crianças de 3 a 5 anos) e dos primeiros três anos do ensino fundamental (crianças de 6 a 8 anos). São também aceitos projetos voltados para a alfabetização de adultos na perspectiva da psicologia cognitiva da leitura. Os dados são coletados fazendo uso de procedimentos que incluem provas de leitura e de escrita (de aplicação individual e de aplicação coletiva), e provas de habilidades metalinguísticas (consciência fonológica, consciência fonêmica, habilidades morfossintáticas), que podem ser de aplicação individual e de aplicação coletiva. O uso desses procedimentos de coleta de dados permite análises qualitativas e análises quantitativas seguidas do uso de testes estatísticos. Assim é possível fazer cruzamentos apropriados nas análises. Os delineamentos também podem ser de tipo exploratório, comparativo, longitudinal e transversal. Podem constituídos grupos experimentais e grupos de controle, para testar: # o efeito de práticas de instrução fonêmica na recuperação de crianças que, embora não apresentando déficits cognitivos mostram "atrasos" ou "dificuldades" na alfabetização (quando necessário são aplicados testes de funções cognitivas); # o papel de componentes específicos, como a inferência e o vocabulário, na compreensão da leitura. Uma hipótese de trabalho fundamental é de que todas as crianças podem aprender a ler e a escrever se o ensino é apropriado e inclui práticas voltadas para o desenvolvimento de habilidades metalinguísticas, de vocabulário, e a compreensão do princípio alfabético. Sustenta-se que crianças que desenvolvem a consciência fonêmica no início da aprendizagem da linguagem escrita obtêm muito maior progresso do que as que não recebem esse tipo de instrução. A aquisição das habilidades de leitura e de escrita depende de dois componentes básicos, igualmente importantes: a decodificação e a compreensão. Alguns projetos trabalham com funções executivas, dando ênfase à compreensão da linguagem escrita em seus elementos constitutivos, mais especificamente à inferência; outros pesquisam o papel de componentes da cognição, como a memória de trabalho e a velocidade de nomeação, cuja influência vem sendo identificada em pesquisas feitas em inglês e em francês, e mais recentemente em português. (AU)

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