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Experiência migratória e a questão étnica na metrópole: os japoneses em São Paulo na II Guerra Mundial

Processo: 14/08261-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Vigência: 17 de julho de 2014 - 16 de agosto de 2014
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Josianne Francia Cerasoli
Beneficiário:Josianne Francia Cerasoli
Pesquisador visitante: Monica Raisa Schpun
Inst. do pesquisador visitante: École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), França
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Imigração japonesa  História urbana  Segunda Guerra Mundial (1939-1945)  São Paulo 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cosmopolitismo | dinâmicas urbanas | Etnicidade | imigração japonesa | Movimentos migratórios | São Paulo (história) | História urbana

Resumo

O projeto de pesquisa no qual Mônica Raisa Schpun (pesquisadora do Centre de recherches sur le Brésil colonial et contemporain, Mondes américains, École des Hautes Etudes en Sciences Sociales) atuará como colaboradora está relacionado a duas iniciativas: do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade (CIEC); e do Núcleo de Estudos de População (NEPO), ambos sediados na Unicamp. Está relacionado, também, aos estudos desenvolvidos pelo núcleo de pesquisas interinstitucional "História e Linguagens Políticas: razão, sentimentos, sensibilidades", sobretudo considerando-se os atuais estudos do núcleo na sobre o tema Indiferença. Não se trata, portanto, de um projeto em sentido estrito, mas de um conjunto de discussões para o qual converge o tema da experiência migratória abordado pela pesquisadora. Nos estudos sobre a vida urbana e a cidade contemporânea, tem merecido atenção a temática dos processos migratórios e seus desdobramentos. A migração relaciona-se, entre outros aspectos, a deslocamentos, não apenas considerando-se a espacialidade, mas sobretudo a dimensão social e cultural. Trata-se de um deslocamento vivenciado como constante, mesmo quando se registra o retorno ao local originário. Trata-se também de uma condição que tende a algum modo de normalização, de incorporação, não raramente marcado por violências, inclusive simbólicas. No caso de uma metrópole como São Paulo, que se configura a partir de sucessivas mudanças e por meio da constante chegada de imigrantes de diferentes origens, é possível ocultar os impactos dos processos migratórios sob a forma de noções como cosmopolitismo ou multietnia, ambas carregadas de sentidos e capazes de apaziguar situações potencialmente conflitantes. É nessa ambiência que as pesquisas sobre imigrantes japoneses em um período especialmente assinalado por tensões - simultaneamente, situações do Estado Novo e da II Guerra Mundial - permite analisar e refletir mais detidamente sobre dimensões talvez pouco explícitas da vida urbana e dos processos migratórios.A importância da presença da pesquisadora Mônica Raisa Schpun nesse momento insere-se precisamente nesses apontamentos. Mostra-se oportuno em vários aspectos, quando se consodera circunstâncias específicas que convergem nesta proposta: o estágio avançado das pesquisas da mesma sobre imigração japonesa em São Paulo (com cruzamento de fontes e dados inéditos); o momento em que o CIEC prepara um projeto para estudos do cosmopolitismo e etninicidade em São Paulo; a condição privilegiada do NEPO ao acabar de concluir um projeto temático exitoso sobre migrações no estado de São Paulo; os estudos em andamento sobre a temática da indiferença desenvolvidos pelo núcleo de Linguagens Políticas, ao qual se vinculam vários pesquisadores do CIEC. A pesquisadora participará de uma série de atividades nos dois núcleos, além de atuar no Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo, a fim de coletar mais dados sobre a pesquisa em curso. Entre as atividades, nas quais prioriza-se a interlocução acadêmica e o debate de questões teórico-metodológicas que envolvem a pesquisa, estão: a. Reunião com pesquisadores do NEPO e do CIEC (para discussão de possibilidades de trocas temáticas, metodológicas e de projetos de pesquisa em diferentes abordagens); b. Reunião com estudantes de pós-graduação que desenvolvem projetos sobre migrações e estudos urbanos (workshop para abordar procedimentos metodológicos e tratamento de fontes nos estudos sobre processos migratórios e vida urbana); c. Seminário junto à equipe NEPO: "Tempo de Debate": Abordagens histórico-sociais e demográficas da questão migratória em São Paulo; d. Seminários na linha de pesquisa Cultura e Cidade e no CIEC "Indiferença e questões migratórias: reflexões sobre o caso dos refugiadosjudeus e dos nipo-brasileiros durante a Era Vargas". (AU)

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