Auxílio à pesquisa 14/00518-2 - Histopatologia, Produtos naturais marinhos - BV FAPESP
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Análise da toxicidade e histopatologia induzida pela administração oral dos extratos de Pseudoanabaena galeata e Geitlerinema splendidum (Cyanobacteria) em camundongos.

Processo: 14/00518-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2014
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2014
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
Pesquisador responsável:Marisa Rangel
Beneficiário:Marisa Rangel
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Histopatologia  Produtos naturais marinhos  Cianotoxinas  Reservatórios de água  Cianobactérias 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cianobactérias | cianotoxinas | Histopatologia | Reservatórios de Água | Toxicidade em camundongos | Produtos Naturais Marinhos

Resumo

Cianobactérias são membros comuns da microbiota de água doce em lagos e reservatórios de água potável, e são responsáveis por diversos casos de intoxicações em humanos no Brasil. Pseudoanabaena galeata e Geitlerinema splendidum são exemplos de espécies tóxicas que são frequentemente encontradas em reservatórios em São Paulo, que é a área mais densamente povoada do Brasil. Na busca por cepas tóxicas coletadas em reservatórios de água, e mantidas na Coleção de Cultura de Cianobactérias (CCIBt) do Instituto de Botânica de São Paulo, Brasil, os extratos em ácido acético (AE) de . galeata CCIBt 3082 e G. splendidum CCIBt 3223 foram analisados em cromatografia planar, que indicou a ausência de cianotoxinas conhecidas. Testes em animais foram então realizados, e ambos os extratos induziram efeitos tóxicos em camundongos quando administrados intraperitonealmente. O presente estudo teve por objetivo investigar se a ingestão oral dos extratos de cianobactérias acima mencionados também provocariam efeitos tóxicos em camundongos. Necrópsia e estudos histopatológicos foram feitos usando amostras de tecidos dos animais, que foram eutanasiados uma semana após a administração dos extratos. O AE de P. galeata não provocou mortes, mas induziu sintomas transientes, incluindo ptose, causa em estraube, e dor. Os ainimais eutanasiados apresentaram hemorragia no fígado, enquanto que a análise histológica mostrou desorganização do parênquima, necrose, hiperemia e proximidade da veia centrilobular no fígado. Além disso, alterações nos túbulos contorcidos dos rins foram observadas, e os pulmões não foram afetados. O AE de G. splendidum provocou apenas uma morte, e induziu sintomas transientes, como dispneia, paralisia, e dor. A necropsia do outro camundongo mostrou hemorragia nos pulmões e no fígado. Os pulmões apresentaram focos hemorrágicos, colapso alveolar e focos granulomatosos. O fígado apresentou hemorragia e sinusóides alargados, hiperemia e proximidade da veia centrilobular, e desorganização do parenquima hepatico. Algumas áreas também exibiram infiltrado inflamatório e tecido calcificado dentro dos vasos sanguíneos. Necrose e ruptura das células dos túbulos contorcidos foram observadas nos rins.Análises adicionais em ambos os extratos mostraram a ausÇencia de atividade hemolítica, e a presença de duas substâncias desconhecidas com ação antiacetilcolinesterasica no AE de G. splendidum. Assim, P. galeata e G. splendidum são produtoras de novas toxinas que afetam mamíferos quando administradas via oral. (AU)

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