O indígena urbano na grande São Paulo: identidade, práticas de cidadania e inclusão social entre os Pankararé

Resumo

Examinando o contexto urbano da Grande São Paulo, o objetivo da pesquisa é destacar e traçar a dinâmica da construção e implementação de práticas de cidadania indígenas em áreas urbanas e no processo de migração das terras de origem, considerando as práticas de cidadania com base no conceito de identidade. Em específico o grupo Pankararé vá ser o principal objeto de análise. Isso significa considerar sua organização interna, suas relações - políticas, sociais, culturais - com a cultura hegemônica e suas diferentes componentes1 no sentido gramsciano do termino, que na cidade se expressa mas nitidamente. Mas também com o grupo indígenas nas terras de origem, e o fluxo do significado que passa entre as duas realidades: a cidade e a aldeia. Através de uma abordagem antropológica e histórica, queremos conceituar e analisar criticamente a definição de povo indígena no Brasil a partir também das experiências passadas no México e Peru. Reconhecendo-o a identidade indígena como um conceito político e relacional, que articula subjetividade, práticas e conhecimentos que envolvem sociedades inteiras e que põe em questão categorias como cidadania etnicidade, direitos, soberania. As perguntas principais da pesquisa são: em que términos teóricos a antropologia pode pensar o conceito do indígena urbano, em São Paulo, e como pode descrever e analisa-lo no suo entorno urbano e na suas relações com as culturas de origem. Qual é o âmbito das definições de identidade em que se movem os movimentos urbanos indígenas no Brasil e em particular na cidade do São Paulo? A pesquisa é parte de um projeto mas amplio desenvolvido pelo CPEI (Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena da UNICAMP) "Povos indígenas na Metrópole - indianidade, urbanidade e reflexividade cultural", coordenado pelo professor José Mauricio Arruti. (AU)