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Comparação da diversidade molecular entre bovinos de raças europeias e brasileiras, e identificação de assinaturas de seleção no genoma da raça Nelore

Processo: 13/12829-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Vigência: 12 de agosto de 2013 - 11 de setembro de 2013
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
Pesquisador responsável:José Fernando Garcia
Beneficiário:José Fernando Garcia
Pesquisador visitante: Paolo Ajmone Marsan
Inst. do pesquisador visitante: Università Cattolica del Sacro Cuore, Piacenza, Itália
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária (FMVA). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araçatuba. Araçatuba , SP, Brasil
Assunto(s):Diversidade genética  Genômica  Bovinos  Gado Nelore 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:assinatura de seleção | bovinos | Diversidade Genética | Genômica | marcadores moleculares | Nelore | Melhoramento Genético

Resumo

Os bovinos domésticos descendem do extinto Auroch (Bos primigenius) e são divididos em duas subespécies que se cruzam: (1) o gado taurino (Bos primigenius taurus) e (2) o zebu (Bos primigenius indicus). Evidências arqueológicas e análises de DNA apoiam a tese que os taurinos e os zebuínos surgiram partir de centros distintos de domesticação ~ 8000 anos aC no Crescente Fértil e no vale do Indo, respectivamente. A partir desses centros de domesticação, os bovinos se expandiram pela Europa, Ásia e África seguindo rotas complexas, com taxas de migração lentas e acompanhando a migração humana durante a expansão da agricultura. Eventualmente, os bovinos foram introduzidos no continente americano após sua descoberta no final do século 15. A migração do gado taurino para a América deveu-se principalmente às importações ibéricas e/ou africanas e, mais tarde, indianos zebuínos foram introduzidos na América Central e do Sul no início do século 20, devido à sua capacidade de adaptação ao ambiente tropical. Estas populações bovinas cruzaram, sendo as raças modernas sul-americanas o resultado da combinação de excelentes germoplasmas. A comparação dos bovinos europeus com o zebu moderno e com as raças taurinas encontradas na América do Sul, através do uso de ferramentas moleculares, pode revelar diferenças na dimensão da diversidade entre essas populações, e ajudar a lançar luz sobre adaptabilidade aos trópicos. Especificamente com relação à raça Nelore, as primeiras importações de indivíduos Ongole para o Brasil ocorreram na década de 1870, quando alguns animais foram trazidos dos zoológicos de Londres e da Alemanha. A adaptação inata dos animais para o meio ambiente brasileiro e o aspecto morfológico impressionante dos animais, rapidamente chamaram a atenção de criadores e animais Ongole começaram a ser importados da província indiana de Nelore a partir da década de 1880. A introgressão sucessiva de animais Ongole na população ibérica e/ou africana-descendente existente no Brasil, deu vida à raça Nelore, assim nomeada em homenagem a sua terra natal. Bovinos da raça Nelore são reconhecidos como raça desde 1930, quando o registro genealogia começou. Atualmente, existem duas principais estratégias de avaliação genética para a raça: um subgrupo enfatiza a seleção para o desmame e peso ao sobreano, enquanto a outra enfatiza a seleção para a fertilidade e características de carcaça. Recentemente, com a utilização dos dados genômicos de alta densidade, estes subgrupos foram derterminados como sub-populações genéticas distintas dentro da raça, o que pode indicar a deriva genética e divergência devido seleção. Assim, a complexa história da raça, associada à recente pressão de seleção artificial, pode ter moldado a diversidade genética dentro e entre estes subgrupos da raça Nelore e seus genomas atuais podem abrigar assinaturas únicas destes fenômenos. Assinaturas de seleção, tais como padrões específicos de admixture, o desequilíbrio de ligação (LD) e a estrutura de haplótipos, são atualmente detectáveis à partir de dados genômicos por métodos bem estabelecidos, o que pode permitir avaliar a resposta do genoma à seleção, e revelar evidências de loci e variantes implicados em características economicamente importantes. Portanto, tais técnicas serão aplicadas à Nelore e a outras raças crioulas brasileiras, com dados previamente gerados por nosso grupo, para identificar as assinaturas de seleção dentro da raça Nelore e de seus subgrupos. Durante a visita, as análises serão concluídas através de esforço conjunto entre os alunos de graduação da equipe de pesquisa do professor Garcia, e de pós-doutorando do Prof. Ajmone Marsan, Dr. Lorenzo Bomba, que também estará em Araçatuba durante o mesmo período. Além disso, um artigo científico será elaborado, potencialmente a ser submetido para publicação antes do final da visita. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
UTSUNOMIYA, YURI TANI; BOMBA, LORENZO; LUCENTE, GIORDANA; COLLI, LICIA; NEGRINI, RICCARDO; LENSTRA, JOHANNES ARJEN; ERHARDT, GEORG; GARCIA, JOSE FERNANDO; AJMONE-MARSAN, PAOLO; DIVERSITY, EUROPEAN CATTLE GENETIC. Revisiting AFLP fingerprinting for an unbiased assessment of genetic structure and differentiation of taurine and zebu cattle. BMC GENETICS, v. 15, . (13/12829-0, 11/16643-2)

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