Avaliação da captura híbrida (CHS) de pacientes com atipias escamosas de significado indeterminado (ASC) atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Vale do Ribeira, no período de 2013 e 2014

Resumo

O câncer de colo uterino é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente na população feminina, com incidência de 17.540 no ano de 2012. Atualmente, no Brasil, é realizado rastreamento populacional para o câncer colo uterino através de exame de Papanicolaou, classificado de acordo com a Nomenclatura Brasileira, baseada no Sistema Bethesda. Os casos classificados como células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC) são um desafio diagnóstico, sendo que mais de um terço das Lesões intra-epiteliais escamosas de alto grau (HSIL) são triadas a partir dos ASC-US, entretanto, apenas 5 a 10% destes casos correspondem a HSIL. Em países europeus e na América do Norte, o exame de detecção de DNA de Papilomavírus humano (HPV) de alto risco por captura híbrida faz parte da rotina de rastreamento, como método de triagem e direcionamento para os casos de ASC. No SUS, atualmente, os casos de ASC são recomendados para repetição de Papanicolaou em seis meses, e após um novo resultado igual, realiza-se colposcopia. E trabalho pretende avaliar o desempenho da captura híbrida para HPV de alto risco no rastreamento de câncer cervical, SUS. Serão colhidas amostras de pacientes do hospital de média complexidade do Vale do Ribeira com diagnóstico para ASC para realização do teste de detecção do HPV de alto risco. Espera-se, com esta técnica, reduzir o número de colposcopias desnecessárias, otimizar o diagnóstico de lesões de alto grau posteriores a um diagnóstico de ASC, garantindo o sucesso do programa de rastreamento. (AU)