Auxílio à pesquisa 13/05961-9 - Antártica, Ecossistemas marinhos - BV FAPESP
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Diversidade e bioprospecção de bactérias isoladas da Antártica

Resumo

O ecossistema marinho antártico é um ambiente extremo e original que permanece ainda pouco explorado. A diversidade microbiana da água do mar e sedimento da Antártica, bem como as geleiras e lagos, tem sido recentemente revelada por análise de bibliotecas de clones do gene RNA ribossomal 16S. Muitas sequências têm sido afiladas à taxa heterotróficas estreitamente relacionadas com espécies cultivadas, incluindo membros de Gamma- e Alphaproteobacteria, Bacteroidetes, Chlamydiales, Verrucomicrobiales e as bactérias Gram-positivas. Estudos de comunidades microbianas que habitam sedimentos do Antártico e Ártico também relataram uma predominância de Gammaproteobacteria. Entretanto, poucos estudos têm investigado as associações entre os micro-organismos e os invertebrados marinhos da Antártica e explorado seu potencial biotecnológico. Nos últimos anos novos metabólitos secundários foram isolados de bactérias associadas ao ambiente marinho sendo, as atividades antibacteriana e anticâncer as principais atividades biológicas descritas. Entretanto, poucos estudos envolvendo bactérias e metabólitos secundários abordam a atividade antiviral; porém, esta atividade não é menos importante que as demais, sobretudo do ponto de vista de saúde animal. No decorrer dos últimos anos, novos micro-organismos de interesse veterinário e de saúde pública foram surgindo e muitos outros apresentando caráter re-emergente. Assim, muitas drogas foram aprovadas para o tratamento de infecções bacterianas e virais, sendo a maioria delas é resultado da síntese de substâncias análogas aos nucleotídeos, facilitando o desenvolvimento de resistência a estas drogas. Por este motivo, atualmente o interesse na pesquisa para a descoberta de novos compostos vem aumentando. Os resultados esperados neste projeto poderão contribuir, primeiramente, para o conhecimento da diversidade de bactérias associadas a macro-organismos marinhos habitantes da Antártica. Além disso, a investigação das relações filogenéticas dos isolados, utilizando uma abordagem polifásica, permitirá a identificação de espécies já descritas, e talvez, de novas espécies associadas ao ambiente marinho resultando na compreensão das relações ecológicas entre micro-organismo-hospedeiro neste ambiente ainda pouco explorado. Ainda, do ponto de vista biotecnológico, o screening de genes com potencial biotecnológico poderá indicar possíveis novos compostos produzidos por bactérias que habitam o ambiente Antártico e os ensaios funcionais também selecionarão entre os isolados os potenciais antimicrobianos e antivirais. Finalmente, o depósito destes micro-organismos na CBMAI permitirá o acesso a esta diversidade pouco explorada para projetos futuros que visem a bioprospecção de compostos de interesse industrial, tais como, agentes antimicrobianos, antitumorais, imunossupressores e enzimas. (AU)

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