Auxílio à pesquisa 03/06413-3 - Capacitação em serviço, Transtornos relacionados ao uso de substâncias - BV FAPESP
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Detecção do uso de drogas e avaliação do impacto de uma intervenção breve em serviços de atenção primária à saúde

Resumo

Em todo o mundo, o uso de álcool e outras drogas tem sido um problema crescente tanto em termos de saúde individual quanto coletiva. No Brasil, a dependência de álcool atinge 11,2% da população adulta e o uso de álcool está associado a 3,2% das mortes, assim como o de tabaco a 9%. O uso na vida de drogas ilícitas é feito por 19,4 % da população, sendo associado a 0,4% das mortes. Entretanto, os profissionais de saúde não sabem detectar nem lidar com pacientes com uso nocivo, abuso ou dependência de substâncias. Isto se deve principalmente a dois fatores: os profissionais não se sentem treinados para a detecção e tratamento do uso de substâncias e têm crenças e atitudes negativas em relação ao usuário, que criam barreiras entre ele e o paciente. Assim, os usuários de substâncias não são identificados em sua fase inicial e não há uma intervenção adequada para evitar a progressão do uso inicial para níveis de abuso ou dependência. Por isso, muitos programas e políticas públicas para o combate ao uso de drogas não conseguem alcançar seus objetivos ou se distanciam do foco preventivo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu 2 instrumentos para detecção do uso de álcool e drogas em serviços de atenção primária à saúde: o AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test) e o ASSIST (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test), caracterizados pela facilidade e rapidez de administração. O projeto visa avaliar os conceitos que os profissionais têm a respeito dos usuários de drogas e avaliar o impacto do treinamento de profissionais da saúde de diferentes formações (médicos, enfermeiras, assistentes sociais, etc.) para detecção precoce de pessoas com padrões de uso excessivo de álcool e outras drogas, seguida por uma intervenção breve padronizada. Pretende-se também avaliar as dificuldades encontradas na implantação do projeto na rede pública e desenvolver estratégias para contorná-Ias. O projeto proposto é original e de grande relevância para a saúde pública, podendo se tornar um modelo a ser implementado em todo país. (AU)

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