Investigação dos efeitos citotóxico, genotóxico, antigenotóxico e antioxidante do óleo de Euterpe oleracea Mart. (açaí): análises in vitro e in vivo, histológicas, ultra-estruturais e hematológicas

Resumo

As plantas ao longo dos anos têm sido cada vez mais exploradas como fonte de compostos biologicamente ativos. O desconhecimento das interações dos constituintes fitoquímicos sobre o material biológico pode acarretar, para seres humanos, intoxicações, desordens ao nível da organização celular e do material genético. A espécie vegetal Euterpe oleracea Mart, popularmente conhecida como açaí, é nativa da região amazônica. É usada na medicina folclórica como antidiarréica, no tratamento de anemia, como anti-helmíntico, adstringente e anti-hemorrágico. Estudos científicos nesta planta reportam ação antiinflamatória, antimalárica, atividade antiproliferativa celular e pró-apoptótica, bem como efeitos benéficos frente a doenças cardiovasculares. Baseando-se no fato de que o óleo de Euterpe oleracea (OEO) vem sendo utilizado tradicionalmente para fins medicinais por seres humanos, faz-se necessário a investigação do potencial toxicológico do OEO em relação ao genoma e a constituição de células de mamíferos. Portanto, este projeto foi elaborado visando avaliar o potencial citotóxico, genotóxico, antigenotóxico e antioxidante do óleo de Euterpe oleracea in vitro (utilizando células humanas - linfócitos) e in vivo (em diferentes células somáticas e germinativas de ratos Wistar). Também serão investigadas a possibilidade de alterações celulares no fígado e na tireóide de ratos tratados com o referido óleo, por intermédio de análises histológicas e ultra-estruturais, bem como análises bioquímicas e hematológicas in vivo após sua administração. O desenvolvimento deste projeto permitirá a implantação em nosso laboratório da análise dos nucleóides do cometa por intermédio do Programa Livre "CometScoreTM Freeware v1.5., bem como permitirá fotografar as lâminas histológicas produzidas no Laboratório de Histologia da UNESP de Rio Claro, que doravante será nosso colaborador neste e em diversos outros projetos visando ampliar os dados sobre toxicidade celular. (AU)