Estresse laboral e uso de drogas lícitas entre servidores não-docentes de uma universidade pública

Resumo

O consumo abusivo de substâncias, como álcool e tabaco, prejudica não só as relações de trabalho, mas também as relações sociais e familiares, além de serem fatores de risco para diversos acidentes e agravos físicos. O álcool é uma substância de abuso comum para a saúde do trabalhador, ocupa o terceiro motivo de absenteísmo no trabalho, a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes de trabalho, e a oitava causa para a concessão de auxílio doença pela Previdência Social. Da mesma forma, considera-se elevado o consumo de tabaco entre trabalhadores. Algumas ocupações estão mais relacionadas a um maior consumo dessas substâncias, onde fatores de risco ligados ao trabalho estariam relacionados à especificidade da ocupação, às condições nas quais um determinado trabalho é realizado, ao tipo de agente estressor e como estes atuam física e psiquicamente no trabalhador. Assim, objetiva-se identificar o uso de álcool, tabaco e os níveis de estresse no trabalho entre servidores não-docentes de uma universidade. Especificamente, propõe verificar o padrão de consumo de bebidas alcoólicas e tabaco desta população; identificar a presença de estresse relacionado ao trabalho; relacionar fatores sócio-demográficos com o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco e com o estresse no trabalho; relacionar os diferentes níveis de estresse no trabalho com o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco; verificar o interesse dos servidores usuários de bebidas alcoólicas e tabaco de participarem de programas de prevenção, tratamento e redução de danos. Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, de corte transversal para o qual serão aplicados questionários de identificação para características sócio-econômicas, estresse laboral (Escala de Estresse no Trabalho), uso de álcool (AUDIT) e uso de tabaco (Questionário de Fagerström). A população engloba cerca de 1.749 servidores na categoria não-docente do Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. O projeto está aprovado pelo Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (CEP). (AU)