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De missangas e catanas: a construção social do sujeito feminino em poemas angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos e são-tomenses

Processo: 12/06149-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros no Brasil
Vigência: 01 de junho de 2012 - 31 de maio de 2013
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Outras Literaturas Vernáculas
Pesquisador responsável:Érica Antunes Pereira
Beneficiário:Érica Antunes Pereira
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Poesia  Sujeito  Feminino  Estudo comparativo  Língua portuguesa  Literatura africana  Literatura cabo-verdiana  Literatura angolana  Cabo Verde  Angola  Moçambique  São Tomé e Príncipe  Publicações de divulgação científica  Produção científica  Livros 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Angola | Cabo Verde | Construção social do sujeito feminino | Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa | Hermenêutica do cotidiano | Literaturas Africanas de Língua Portuguesa | Moçambique e São Tomé e Príncipe | Poesia | Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

Resumo

As angolanas Alda Lara e Paula Tavares, a cabo-verdiana Vera Duarte, a moçambicana Noémia de Sousa e as são-tomenses Alda Espírito Santo e Conceição Lima são as escritoras que melhor representam a poesia de autoria feminina em seus respectivos países e, embora pertençam a contextos socioeconômicos e culturais bastante diferentes, suas obras se aproximam tanto pela abordagem temática, quanto pela existência de um projeto de construção social do sujeito feminino. Assim, embasamo-nos, teoricamente, nos estudos - em especial os de Michel de Certeau (2005) e Maria Odila Leite da Silva Dias (1992; 1994; 1998) - em torno da hermenêutica do cotidiano feminino, a fim de demonstrar a importância dos papéis informais, das experiências vividas e da resistência das mulheres no processo de formação de suas subjetividades. Recorremos, ainda, a relatórios baseados em recenseamentos e a diversos documentos elaborados por organismos internacionais, a exemplo da ONU e da UNESCO, para estabelecer os pontos de contato entre a situação das mulheres e os contextos históricos-sociais em que estão elas inscritas, ou seja, Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Finalmente, aliando os aspectos teóricos e os contextuais, analisamos poemas contidos nas obras iniciais de cada uma das já referidas autoras - respectivamente, Poemas (1966), Ritos de passagem (1985), Amanhã amadrugada (1993), Sangue negro (2001), É nosso o solo sagrado da terra (1978) e O útero da casa (2004) - e procuramos demonstrar que as mulheres, muitas vezes portadoras de uma voz quase silenciosa e marcada pelas miudezas do cotidiano, inscrevem suas marcas na sociedade e têm o poder de (trans)formá-la e de transformar-se, decorrendo daí o título de nossa tese, De missangas e catanas, alusivo à simbologia da resistência empreendida por elas em favor do afloramento de suas subjetividades e do registro de suas historicidades. (AU)

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