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Virgínia Bicudo: a trajetória de uma psicanalista brasileira

Processo: 09/06391-6
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros
Vigência: 01 de setembro de 2009 - 31 de agosto de 2010
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Pesquisador responsável:Jorge Luís Ferreira Abrão
Beneficiário:Jorge Luís Ferreira Abrão
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):História da psicologia  Psicanálise  Psicanalistas  Brasil 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | História | Psicanálise | Psicanálise

Resumo

A partir da década de 1980 as pesquisas sobre a história da psicanálise ganharam maior ímpeto em todo o mundo, em decorrência de um maior interesse pelo tema por parte da comunidade científica, da descoberta de novas fontes históricas e de aprimoramento metodológico. No Brasil, os últimos vinte anos marcaram o incremento das pesquisas históricas relativas à psicanálise, fazendo com que um amplo espectro de temas fosse percorrido, tais como: a introdução da psicanálise em diferentes regiões do país, a criação das Sociedades de Psicanálise filiadas à International Psychoanalytical Association e o surgimento das práticas dedicadas à psicanálise de crianças. Um levantamento destas pesquisas aponta, entre outras coisas, a prevalência de alguns nomes que se destacaram em diferentes momentos como elementos centrais do movimento psicanalítico brasileiro, entre eles figura o de Virgínia Leone Bicudo. Paulistana de origem humilde, Virgínia Bicudo (1910-2003) formou-se pela Escola Normal Caetano de Campos em 1930, em 1932 obteve o título de Educadora Sanitária pelo Instituto de Higiene e Saúde Pública de São Paulo e, em 1938, concluiu o bacharelado em ciências sociais pela Escola de Sociologia e Política, figura nos anais da historiografia psicanalítica no Brasil como: fundadora da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, da Sociedade de Psicanálise de Brasília e da Revista Brasileira de Psicanálise. Partindo da hipótese de que Virgínia Bicudo teve participação vital na introdução e desenvolvimento da psicanálise no Brasil e considerando que são muito precários e imprecisos os esboços biográficos que buscam delinear sua participação nestes eventos, a presente pesquisa surge com o objetivo de construir um perfil biográfico de Virgínia Bicudo, que inter-relacione as vicissitudes de sua vida pessoal, as características de sua prática profissional e produção teórica enquanto psicanalista e os contextos científico, social e cultural do período histórico em que viveu. Para tal, realizaremos um estudo qualitativo de natureza histórica que empregará fontes orais, através de entrevista com profissionais, parentes e amigos que conviveram com a personagem biografada, e fontes documentais, mediante levantamento nas instituições em que atuou e análise de sua extensa produção teórica em livros, jornais e revistas. Os resultados parciais indicam que Virgínia Bicudo teve destacada participação na formação de psicanalistas no Brasil, atuando durante quatorze anos como diretora do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, sendo responsável direta pela formação de várias gerações de analistas. Foi pioneira da psicanálise de crianças no Brasil atuando no atendimento de crianças e participando da organização do primeiro curso de formação de analistas de crianças surgido no Brasil em 1978. Após permanecer durante cinco anos na Inglaterra, entre 1956 a 1060, trouxe para a Sociedade brasileira de psicanálise de São Paulo forte influência do pensamento kleiniano. Cabe destacar também que Virgínia Bicudo é autora de mais de uma centena de trabalhos, dispersos em livros e artigos sobre teoria e técnica psicanalítica. Conclui-se que a psicanalista em questão teve participação destacada na implantação da psicanálise no Brasil e na formação de psicanalista, merecendo a designação de pioneira da psicanálise no país (AU)

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