O silencio como poetica da cena em "fim de partida" de samuel beckett
Teatros da voz: antiteatralidade, desoperações do sujeito falante e alguma arte co...
Processo: | 08/05291-5 |
Linha de fomento: | Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Livros |
Vigência: | 01 de novembro de 2008 - 31 de outubro de 2009 |
Área do conhecimento: | Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Rádio e Televisão |
Pesquisador responsável: | Josette Maria Alves de Souza Monzani |
Beneficiário: | Josette Maria Alves de Souza Monzani |
Instituição-sede: | Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil |
Assunto(s): | Semiótica Multimeios |
Resumo
O dramaturgo Samuel Beckett possui uma vasta produção audiovisual desenvolvida a partir de seus trabalhos literários e teatrais, destacando-se as suas peças de rádio, o seu único filme e as suas tele-peças. Este trabalho analisa as peças escritas especialmente para a televisão entre os anos 1966 e 1986, assim como a transcriação televisual de duas peças de teatro. As produções da rede pública de televisão britânica BBC e da televisão pública alemã Süddeustcher Rundfunk se diferenciam devido a uma série de fatores conjunturais, entretanto se destacam pela experimentação com os recursos oferecidos pelo meio televisual e pela investigação de suas possibilidades expressivas.Na contemporaneidade, a televisão se encontra inserida num domínio ontológico denominado de televisual, cujas imagens são enquadradas e reenquadradas e promovem um sistema que se auto-regula e se auto-alimenta ininterruptamente. Neste sentido, a obra abstrata de Beckett para a televisão oferece uma possibilidade para se pensar este constante enquadramento de imagens ao oscilar entre o visível e o invisível e inserir a ausência neste domínio.A poética televisual beckettiana se mostra por meio de imagens condensadas e fantasmagóricas, construindo um universo próprio que prima pela intertextualidade na criação dos personagens e pelas relações intersemióticas empreendidas no diálogo entre a imagem e o áudio, na fragmentacão do corpo e a sua encenação como personagem, na repetição em formas diferenciadas, na percepção, que se desdobra também no diálogo com a audiência, e no estranhamento gerado por sua poética das imagens abstratas.Ao explorar o potencial artístico da televisão, Samuel Beckett aprimorou a sua visão estética e até mesmo subverteu alguns códigos televisuais. Neste sentido é que se pode pensar na contribuição das suas imagens fantasmagóricas, pois elas introduzem um outro espaço-tempo no domínio do televisual e lançam um novo olhar que questiona o "saber fazer da técnica". (AU)
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