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Papel dos polimorfismos genéticos da aldosterona-sintase, adiponectina e leptina sobre o padrão hemodinâmico e rigidez vascular em hipertensos resistentes obesos

Processo: 11/00083-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de julho de 2011 - 31 de dezembro de 2013
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Cardiorenal
Pesquisador responsável:Heitor Moreno Junior
Beneficiário:Heitor Moreno Junior
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Caroline Demacq Souza Tarlá
Assunto(s):Farmacogenética 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adiponectina | aldosterona | Farmacogenética | hipertensão resistente | Leptina | Farmacogenética

Resumo

A Hipertensão Resistente (HAR) caracteriza-se por quadro de hipertensão concomitante ao uso de três classes diferentes de anti-hipertensivos, sendo, pelo menos um destes, diurético. Em 2008, a American Heart Association (AHA) acrescentou a este grupo de hipertensos, pacientes que necessitam quatro ou mais classes de antihipertensivos para obterem controle da pressão arterial. Recentemente (2010), demonstramos que tais subgrupos ("resistentes não controlados" e "resistentes controlados") são bastante distintos em várias características, principalmente quanto ao grau de obesidade, prevalência de hiperaldosteronismo e rigidez arterial. Atualmente, tem sido bastante discutida a influência da obesidade na hipertensão arterial e na resistência à terapia anti-hipertensiva. Hormônios secretados pelo tecido adiposo, como adiponectina e leptina podem ter efeitos diretos e indiretos, independentemente da obesidade, no controle da pressão arterial. Por exemplo, a diminuição de adiponectina está associada à disfunção endotelial e vasoconstrição. A leptina, por sua vez, aumenta a atividade do sistema nervoso simpático, causando, entre outros efeitos, secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal. Níveis elevados de aldosterona, em associação com obesidade e resistência à insulina, resultam em efeitos pró-inflamatórios e pró-oxidantes que estão implicados no desenvolvimento da hipertensão resistente por levarem à rigidez arterial, além da retenção de sódio com expansão da volemia. Além dos fatores ambientais convencionais, sabe-se que há fatores genéticos que influenciam os mecanismos de controle da pressão arterial, podendo ter papel importante na determinação de resistência pressórica a anti-hipertensivos. Finalmente, tem se demonstrado que genes que codificam a adiponectina, leptina e a aldosterona-sintase, podem apresentar polimorfismos genéticos clinicamente relevantes para a resistência anti-hipertensiva. O presente projeto visa avaliar se polimorfismos nos genes da aldosterona sintase, adiponectina e leptina estão associados a padrões hemodinâmicos específicos em portadores de hipertensão resistente, bem como avaliar a associação destes polimorfismos com a resistência à terapia anti-hipertensiva, através da comparação das freqüências alélicas e genotípicas entre os hipertensos resistentes não controlados e controlados. Serão incluídos 125 pacientes diagnosticados como hipertensos resistentes com comprovada aderência ao tratamento farmacológico e não farmacológico em seguimento no Ambulatório de Hipertensão Resistente do HC-FCM/UNICAMP. Os mesmos serão divididos em 2 subgrupos: 1- pacientes com HAR controlada; 2- pacientes com HAR não controlada. A avaliação hemodinâmica não invasiva será realizada pelo sistema Finometer (Finapres, Amsterdã, Holanda) e os parâmetros relacionados à rigidez arterial serão obtidos através da análise da velocidade de onda de pulso pelo sistema Sphygmocor CPV (AtCor Medical, USA). As genotipagens serão realizadas por PCR em tempo real através do sistema de detecção TaqMan (Applied Biosystems, Foster City, US). As concentrações plasmáticas de adiponectina e leptina serão determinadas por ELISA. A identificação de marcadores genéticos bem como a caracterização do perfil hemodinâmico e hormonal (aldosterona, leptina e adiponectina plasmáticas) contribuirão para o melhor entendimento da resistência farmacológica em pacientes hipertensos resistentes. Além disso, espera-se que a participação do tecido adiposo na regulação da produção/secreção de aldosterona em pacientes com HAR possa ser mais bem esclarecida através do estudo das bases fisiopatológicas dessa síndrome. (AU)

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