Auxílio à pesquisa 11/05893-8 - Zoonoses, Angiostrongylus - BV FAPESP
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Ocorrência de Angiostrongylus cantonensis (Nematoda, Angiostrongylidae) em Achatina fulica (Mollusca, Gastropoda) na Baixada Santista

Processo: 11/05893-8
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Helmintologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Reinaldo José da Silva
Beneficiário:Reinaldo José da Silva
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Iracy Lea Pecora
Assunto(s):Zoonoses  Angiostrongylus  Meningoencefalite  Caramujos  Achatina 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Achatina fulica | Angiostrongylus cantonensis | Caramujo gigante africano | Meningoencefalite eosinofílica | Parasitoses Emergentes

Resumo

Duas espécies de Angiostrongylus podem infectar o homem: Angiostrongylus costaricensis (Morera e Céspedes, 1971) causador da angiostrongilíase abdominal (Morera, 1973) e Angiostrongylus cantonensis (Chen, 1935), agente etiológico da meningite (ou meningoencefalite) eosinofílica, também chamado de "verme do pulmão do rato". O primeiro caso de meningite eosinofílica humana causada por A. cantonensis foi descrita em 1945. Desde essa descrição, aproximadamente 2.800 casos já foram reportados em 30 países. Angiostrongylus cantonensis já foi observado no sudoeste da Ásia, Pacifico Sul, África, Índia, Caribe, Austrália, América do Norte, Jamaica e China. Em 2007, no Brasil foram reportados os dois primeiros casos desta zoonose no município Cariacica (ES) e, recentemente, mais dois casos no estado de Pernambuco (2010), confirmando as previsões de introdução deste parasito na América do Sul. A meningoencefalite eosinofílica é considerada uma zoonose, que tem como hospedeiros definitivos naturais Rattus norvegicus, Rattus rattus e roedores silvestres. Os hospedeiros intermediários naturais são algumas espécies de moluscos como Achatina fulica, Sarasinula marginata, Subulina octona e Bradybaena similaris. Porém, A. fulica é considerada o mais importante hospedeiro intermediário do A. cantonensis, por ser o mais abundante; é uma espécie de molusco tropical, originária da África, cuja diferenciação provavelmente se deu entre as regiões oeste e central deste continente, às margens das florestas. Sua presença tem sido relatada em diversas regiões da África, Sudeste Asiático, Ilhas do Pacífico, Austrália, Japão, Madagascar e mais recentemente no continente americano. Esses moluscos são típicos de regiões tropicais e subtropicais, graças a sua capacidade de adaptação nestes climas, o que torna o Brasil um país com grande potencialidade para a helicicultura tropical extensiva. Esse molusco foi classificado entre as cem piores espécies exóticas invasoras de ocorrência mundial. A invasão ambiental por essa espécie é preocupante uma vez que ela se desenvolve sem controle no território brasileiro e acaba competindo com outros moluscos da fauna nativa, podendo causar desequilíbrio trófico e perda de diversidade. Pelas razões apresentadas, a invasão ambiental de A. fulica associada à ausência de predadores naturais e a altas taxas de reprodução faz com que seja necessário o monitoramento dos novos focos de distribuição desta espécie no país, no sentido de prevenir pragas agrícolas, prejuízos impostos à agricultura e riscos à saúde pública e ambiental. O objetivo deste trabalho será verificar a presença de larvas L3 de A. cantonensis em moluscos A. fulica naturalmente infectados, nas nove cidades da Baixada Santista. Os exemplares utilizados nos experimentos serão capturados na área urbana das 9 cidades: São Vicente, Santos, Praia Grande, Guarujá, Cubatão, Bertioga, Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá.Serão medidas a largura e o comprimento em milímetros da concha e o seu peso total em gramas. Os moluscos serão submetidos à digestão pelo método de Wallace & Rosen (1969) e à sedimentação, por 12 horas, pelo método de Baermann (Moraes 1948). Após a sedimentação, o material será observado em microscópio estereoscópico de campo claro, para visualização das larvas. As larvas serão submetidas à extração de DNA pelo kit Wizard, conforme instrução do fabricante. O DNA dos helmintos será submetido à PCR-RFLP (reação em cadeia da polimerase e polimorfismo de tamanho de fragmentos de restrição) direcionada para a região espaçadora transcrita interna dois e clivada com a enzima Cla I. Os perfis obtidos serão comparados aos estabelecidos por Caldeira et al. (2003).A caracterização morfológica das larvas será feita por um sistema computadorizado de análise de imagens (QWin Lite 3.1), com análise dos parâmetros morfométricos. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
GUERINO, LAURA ROCHA; PECORA, IRACY LEA; MIRANDA, MARCEL SABINO; AGUIAR-SILVA, CRYSLAINE; CARVALHO, OMAR DOS SANTOS; CALDEIRA, ROBERTA LIMA; DA SILVA, REINALDO JOSE. Prevalence and distribution of Angiostrongylus cantonensis (Nematoda, Angiostrongylidae) in Achatina fulica (Mollusca, Gastropoda) in Baixada Santista, São Paulo, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 50, n. 1, p. 92-98, . (11/05893-8)

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