Auxílio à pesquisa 11/07601-4 - Cardiologia - BV FAPESP
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Relação entre psoríase e aterosclerose coronariana avaliada pela angiotomografia coronariana

Processo: 11/07601-4
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Isabela Judith Martins Bensenor
Beneficiário:Isabela Judith Martins Bensenor
Instituição Sede: Hospital Universitário (HU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados: Cid Yazigi Sabbag ; Cláudio Campi de Castro ; Henrique Lane Staniak ; Itamar de Souza Santos ; Márcio Sommer Bittencourt ; Paulo Andrade Lotufo ; Rodolfo Sharovsky ; Rodrigo Díaz Olmos
Assunto(s):Cardiologia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:angiotomografia coronária | aterosclerose | Escore De Cálcio | Psoríase | Cardiologia

Resumo

Doenças cardiovasculares apresentam alta morbimortalidade. Fatores de risco tradicionais estão relacionados com eventos cardiovasculares. A inflamação tem papel na aterosclerose e as doenças inflamatórias podem se associar à aterosclerose. A psoríase é uma doença inflamatória crônica que acomete pele e articulações com prevalência de 2-3 %. Estudos demonstraram maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares e de doença cardiovascular em pacientes com psoríase.O escore de cálcio coronariano, estudado pela tomografia cardíaca é um marcador de aterosclerose subclínica que tem correlação com extensão, gravidade e prognóstico da doença coronariana. Estudos demonstram maior prevalência de calcificação coronariana em pacientes com psoríase, mas pacientes com escore de cálcio 0 podem apresentar placas ateroscleróticas. A angiotomografia coronariana detecta a presença de placa aterosclerótica, com boa correlação com a cineangiocoronariografia. Outro marcador de aterosclerose subclínica é a espesura médio-intimal (IMT). Valores elevados de IMT se correlacionam com a presença de fatores de risco cardiovasculares e de aterosclerose. Estudos mostram uma elevação do IMT em pacientes com psoríase. Métodos: estudo transversal com 400 pacientes divididos em 3 grupos: 100 pacientes com psoríase leve (psoríase sem acometimento articular ou uso de tratamento sistêmico ou fototerapia), 100 pacientes com psoríase grave (acometimento articular e/ou uso de tratamento sistêmico) e 200 controles, pareados por sexo, idade e fatores de risco cardiovasculares. Será realizada anamnese, exame clínico, medidas antropométricas, IMT, angiotomografia coronariana com escore de cálcio e coleta de sangue para avaliação de creatinina, glicemia de jejum, colesterol total e frações, triglicérides, proteína C ultra-sensível e curva glicêmica. Critérios de inclusão são:idade > 40 anos para mulheres e > 35 anos para homens e diagnóstico de psoríase leve ou severa em seguimento. Os critérios de exclusão são: alergia ao contraste , insuficiência renal com creatinina > 1,5 mg/dL ou clearance de creatinina < 60 ml/min , doença arterial coronariana definida por: intervenções percutâneas prévias, cirurgia de revascularização miocárdica prévia, infarto do miocárdio prévio, gestantes e pacientes com fibrilação atrialO IMT será medido com aparelho de ultrassonografia Aplio XG (Toshiba) com transdutor linear com frequência de 7,5 MHz e resolução de 0,1 mm. A mensuração das imagens será realizada em Workstation com software IMAGE ARENA -TOM TEC ® . A s imagens de carótidas comuns direita e esquerda serão coletadas no comprimento de 1 cm, iniciando-se 1 cm abaixo da bifurcação da carótida comum utilizando-se imagem de 3 ciclos cardíacos. O valor do IMT será calculado pela média dos valores das carótidas direita e esquerda e valores aumentados indicarão a presença de aterosclerose subclínica.A angiotomografia será realizada em tomógrafo Philips Brilliance 64. Pacientes com freqüência cardíaca maior 60 serão pré-medicados com 100 mg de atenolol por via oral 1 H antes do procedimento, utilizando-se metoprolol endovenoso nos pacientes que não atingirem FC adequada, salvo contra indicações. Serão pré-medicados com 5 mg de dinitrato de isosorbida sublingual, salvo contra indicações.Utilizaremos protocolo axial para o escore de cálcio com 120 Kvp e 55 mAs, com aquisição da imagem na fase 75% do RR. Na angiotomografia coronariana utilizaremos o protocolo Step and Shoot sincronizado com eletrocardiograma com voltagem e miliamperagem ajustadas pelo biotipo do paciente, utilizando-se de 80-100 ml de contraste iodado. Espera-se uma média de radiação ao redor de 4 a 6 mSv por exame. As imagens serão laudadas por 2 cardiologistas cegos em relação ao diagnóstico e ao laudo prévio. Se discordância, outro cardiologista laudará a tomografia. Utilizaremos protocolo de Agatston para o escore de cálcio e 18 segmentos coronarianos graduando obstrução: menor 50%, 50-70% e maior 70%. (AU)

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