Auxílio à pesquisa 08/08188-0 - Procedimentos cirúrgicos otorrinolaringológicos - BV FAPESP
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Características biomoleculares dos colesteatomas

Processo: 08/08188-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Fernando de Andrade Quintanilha Ribeiro
Beneficiário:Fernando de Andrade Quintanilha Ribeiro
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Procedimentos cirúrgicos otorrinolaringológicos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colesteatomas | imunohistoquimica | Otorrinolaringologia

Resumo

Colesteatomas são caracterizados pela proliferação exagerada dos queratinócitos da epiderme, causando erosão dos ossos adjacentes. A migração de pele do meato acústico externo para dentro da cavidade timpânica caracteriza o colesteatoma da orelha média. Esta migração pode ocorrer por aspiração da parte flácida da membrana timpânica (colesteatoma primário) ou através de uma perfuração pregressa desta membrana (colesteatoma secundário). Há também o colesteatoma congênito. Esse tipo é mais raro e decorre do crescimento de restos epiteliais que permaneceram na cavidade timpânica durante o desenvolvimento embriológico. Clinicamente nota-se que, em condições semelhantes, não são todos os indivíduos que desenvolvem o colesteatoma. Além disso, essa doença pode se manifestar de formas diferentes, tanto em relação ao grau de migração do epitélio, acometimento de estruturas ósseas adjacentes e agressividade. É frequente ocorrer infecção e erosão dos ossos da orelha média, levando a complicações sérias e, eventualmente fatais, como surdez, paralisas faciais, abscessos cerebrais, meningites, entre outras. Trabalhos recentes demonstram que a migração, proliferação e agressão causada por esse epitélio decorram de características específicas dos queratinócitos que constituem o colesteatoma. Muitas dessas características foram observadas em células epiteliais da porção medial do meato acústico externo. A presença de citoqueratina 16 (filamento intermediário presente no citoplasma de células em estado hiperproliferativo) neste local, sob a influência de citocinas inflamatórias, acarretaria em indivíduos susceptíveis a migração deste epitélio para o interior da cavidade timpânica. Estes achados podem ser evidenciados nos colesteatomas do meato acústico externo, onde a pele, aparentemente normal, erosa espontaneamente os ossos adjacentes, com complicações semelhantes ao colesteatoma da orelha média. (AU)

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