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Estudo de polimorfismos relacionados à autoimunidade em mulheres portadoras de síndrome Turner

Processo: 09/05250-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de julho de 2009 - 31 de dezembro de 2010
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Monica Vannucci Nunes Lipay
Beneficiário:Monica Vannucci Nunes Lipay
Instituição Sede: Departamento de Medicina. Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Autoimunidade  Polimorfismo genético  Endocrinologia  Síndrome de Turner 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Auto-Imunidade | gene PTPN22 | gene VDR | Polimorfismos | síndrome de Turner | Tireóide | Endocrinologia

Resumo

A Síndrome Turner (TS) é uma das anomalias cromossômicas mais comuns em humanos, presente em 1:2000 nascidos vivos com fenótipo feminino e caracteriza-se, citogeneticamente, por monossomia do cromossomo sexual (45,X), verificada em 50-60% dos casos. Os demais casos são mosaicos, com uma linhagem celular 45,X acompanhada de outras com dois ou mais cromossomos X, além de alterações estruturais dos cromossomos X, sendo a alteração estrutural mais comum o isocromossomo do braço longo do X (Xq).Os indivíduos portadores apresentam um fenótipo extremamente variável, caracterizado principalmente por disgenesia gonadal e baixa estatura. Outros sinais podem incluir doenças cardiovasculares, malformações renais e o acometimento por doenças auto-imunes, principalmente hipotireoidismo, doença celíaca e diabetes mellitus. Alguns estudos sugerem que 25-30% das portadoras de TS adultas tem hipotireoidismo e mais de 50% tem anticorpos tireoidianos positivos. Além disso, alguns autores sugerem um risco aumentado para doenças auto-imunes da tireóide nas portadoras de TS com cariótipos apresentando isocromossomo do X.À exceção da contribuição já bem estabelecida do sistema antígeno leucocitário humano (HLA) e também do antígeno 4 associado aos linfócitos T citotóxicos (CTLA-4), vários novos genes que contribuem para suscetibilidade às doenças auto-imunes foram identificados. Entre eles, o gene PTPN22 (protein tyrosine phosphatase non-receptor type 22) localizado no cromossomo 1 (1p13), que codifica a proteína Lyp (lymphoid tyrosine phosphatase).A proteína Lyp é uma proteína tirosino-fosfatase que tem a função de inibir a ativação das células T e recentemente, a descoberta de um polimorfismo na posição 1858 do gene PTPN22 (PTPN22 C1858T) foi relacionada ao aumento do risco de desenvolvimento da auto-imunidade.Esse polimorfismo resulta na substituição de arginina por triptofano na posição 620 da proteína Lyp (Lyp R620W), alterando o efeito inibitório dos receptores das células T (TCR) na transdução de sinais e ocasionando um ganho de função na proteína Lyp, que predispõe a autoimunidade pela supressão da sinalização TCR, o que resulta na sobrevivência de células T autoreativas no timo, estas que deveriam ser eliminadas pela seleção negativa em indivíduos homozigotos normais (PTPN22 1858CC).No entanto, o papel da proteína Lyp na autoimunidade vai além das células T, uma vez que ela também é expressa nas células B e em outras células hematopoiéticas, aumentando a possibilidade de outros efeitos dessa variante e que ainda não foram caracterizados na resposta imune. E a associação da Lyp R620W com múltiplas doenças auto-imunes sugere que a função alterada dessa proteína afeta vias que são comuns nas diversas doenças auto-imunes.Além do gene PTPN22, o gene do receptor de vitamina D (VDR) tem sido relacionado a diversas doenças auto-imunes. Polimorfismos no gene VDR foram associados à susceptibilidade a diferentes doenças auto-imunes e infecções. Estudos recentes demonstraram associações entre os polimorfismos do gene e a susceptibilidade a diabetes tipo 1 em diversas populações. As associações entre os polimorfismos do gene VDR e muitas outras doenças auto-imunes como esclerose múltipla, artrite reumatóide, doença de Graves, lupus eritematoso sistêmico e a doenças da tireóide tem sido também investigadas, porém com resultados ainda conflitantes.Dessa forma, o objetivo do presente estudo é avaliar a freqüência dos polimorfismos do gene PTPN22 (C1858T) e do gene VDR (BmsI - T1056C, ApaI - G1025-49T, TaqI - G1024+283A e FokI - T2C) em mulheres portadoras de síndrome Turner e no grupo controle, além de avaliar a influência do cariótipo no desenvolvimento de doenças da tiróide e de possibilitar o melhor entendimento das características genético-clínicas nas portadoras dessa síndrome, principalmente no que diz respeito às doenças auto-imunes. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
BIANCO, B.; VERRESCHI, I. T. N.; OLIVEIRA, K. C.; GUEDES, A. D.; GALERA, B. B.; GALERA, M. F.; BARBOSA, C. P.; LIPAY, M. V. N.. PTPN22 Polymorphism is Related to Autoimmune Disease Risk in Patients with Turner Syndrome. Scandinavian Journal of Immunology, v. 72, n. 3, p. 256-259, . (09/05250-0)
BIANCO, BIANCA; VERRESCHI, IEDA T. N.; OLIVEIRA, KELLY C.; GUEDES, ALEXIS D.; BARBOSA, CAIO P.; LIPAY, MONICA V. N.. Analysis of vitamin D receptor gene (VDR) polymorphisms in Turner syndrome patients. Gynecological Endocrinology, v. 28, n. 4, p. 326-329, . (09/05250-0)

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