Busca avançada
Ano de início
Entree

Determinação de fatores de risco para doença cardiovascular em portadoras da síndrome de Turner com enfoque genético-clínico

Processo: 08/03597-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de outubro de 2008 - 31 de março de 2011
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Ieda Therezinha Do Nascimento Verreschi
Beneficiário:Ieda Therezinha Do Nascimento Verreschi
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Síndrome de Turner  Doenças cardiovasculares  Dislipidemias  Polimorfismo genético 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:dislipidemia | Doença Cardiovascular | hipertensão arterial sistêmica | Polimorfismos | resistência a insulina | síndrome de Turner | Endocrinologia

Resumo

A Síndrome de Turner (TS) é uma das anomalias cromossômicas mais comuns em humanos, presente em 1:2000 nascidos vivos com fenótipo feminino. Citogeneticamente, é caracterizada por uma monossomia do cromossomo sexual (45,X), verificado em 50-60% dos casos e os indivíduos portadores apresentam um fenótipo extremamente variável. No Brasil, a doença cardiovascular (DCV) é um grave problema de saúde pública correspondendo a cerca de um terço de todas as mortes. Estudos epidemiológicos demonstraram uma redução de até 13 anos na expectativa de vida das portadoras de TS em relação às mulheres normais, sendo essa principal causa de mortalidade na síndrome. Fatores de risco para DCV, como hipertensão arterial sistêmica (HAS) e alterações no metabolismo glicídico, tem sido detectados com maior freqüência em pacientes portadoras desta síndrome, mas fatores como características do perfil lipídico e, principalmente, a distribuição e influência da gordura corporal foram menos elucidados. Da mesma forma, segundos estudos recentes, a origem parental do cromossomo X parece ter impacto em inúmeros aspectos como na estatura, no acúmulo de gordura visceral, na dislipidemia e nas anomalias cardiovasculares. A relação entre as alterações no perfil lipídico e a incidência de DVC são bem conhecidas. Contudo, a freqüência de padrões dislipidêmicos associados a risco de DCV na ST, é menos clara. A apolipoproteína E tem papel crucial no metabolismo das lipoproteínas plasmáticas e serve como ligante para o receptor da Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), envolvida na absorção intestinal do colesterol. Esse gene possui várias isoformas, e algumas delas têm sido associadas ao declínio da longevidade, ao aumento dos níveis plasmáticos de LDL e colesterol total e ao aumento da prevalência de DCV e da doença de Alzheimer. Além disso, polimorfismos no gene MTHFR, que ocasionam defeitos no metabolismo dos folatos e, consequentemente, no nível total de homocisteína, têm sido considerados como fatores genéticos determinantes das DCV.A HAS tem prevalência entre 20-50% na ST. Além da contribuição natural no processo aterosclerótico, na implicação na gênese de acidentes vasculares cerebrais e na doença isquêmica miocárdica é um fator de risco reconhecido para o desenvolvimento de alterações aórticas, possivelmente ocasionadas por alterações vasculares geneticamente determinadas. O polimorfismo do gene TAP1 tem importante papel na disfunção endotelial aumentando a susceptibilidade para a doença hipertensiva. A intolerância à glicose tem sido relatada numa prevalência de até 43% na ST. É sabido que o tratamento com GHr e a terapia de reposição hormonal feminina podem ter implicações deletérias no metabolismo glicídico das mulheres com ST. Além disso, fatores genéticos podem contribuir para a resistência à insulina, como o gene ENPP1, inibidor da ativação do receptor de insulina. Têm sido demonstrado a associação entre polimorfismos desse gene com o risco de diabetes e obesidade. Além disso, as proporções corporais nas pacientes com ST são distintas da população normal sendo a redução proporcional do tronco e membros o principal achado. A maior parte dos estudos que avaliaram distúrbios de peso em pacientes com ST utilizaram o Índice de Massa Corporal validado para a população normal e não para a síndrome. A bioimpedanciometria é outro método utilizado na avaliação da composição corporal na ST que acrescido de informações como idade, sexo, peso e altura, podem ser processados através de fórmulas matemáticas, que comparadas com outros métodos de alta sensibilidade, como densitometria e hidrometria geram diversas fórmulas, muitas delas já validadas para estimar a composição corporal de grupos específicos como crianças, atletas e idosos, por exemplo. Dessa forma, pela observação de características genético-moleculares, bioquímicas, clínicas e antropométricas visamos contribuir para aprimorar o conhecimento dos elementos envolvidos no risco DCV na ST. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)

Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
OLIVEIRA, KELLY C.; VERRESCHI, IEDA T. N.; SUGAWARA, EDUARDO K.; SILVA, VANESSA C.; GALERA, BIANCA B.; GALERA, MARCIAL FRANCIS; BIANCO, BIANCA; LIPAY, MONICA V. N.. C677T and A1298C Polymorphisms of MTHFR Gene and Their Relation to Homocysteine Levels in Turner Syndrome. GENETIC TESTING AND MOLECULAR BIOMARKERS, v. 16, n. 5, p. 396-400, . (08/03597-0)
GUEDES, ALEXIS D.; BIANCO, BIANCA; LIPAY, MONICA V. N.; CALLOU, EMMANUELA Q.; CASTRO, MARISE L.; VERRESCHI, IEDA T. N.. Uma equação de bioimpedanciometria específica para predição de composição corporal na síndrome de Turner. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 54, n. 1, p. 24-29, . (08/03597-0)

Por favor, reporte erros na lista de publicações científicas utilizando este formulário.
X

Reporte um problema na página


Detalhes do problema: