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Desenvolvimento de Marcadores Microssatélites para Caracterização Genética de Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum, Myrtaceae

Processo: 09/03595-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de junho de 2009 - 31 de maio de 2011
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Vegetal
Pesquisador responsável:Patrícia Gleydes Morgante
Beneficiário:Patrícia Gleydes Morgante
Instituição Sede: Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Registro. Registro , SP, Brasil
Assunto(s):Repetições de microssatélites  Myrtaceae  Pimenta pseudocaryophyllus 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise de populações | Cataia | Marcadores microssatélites | Myrtaceae | Pimenta pseudocaryophyllus | Marcadores moleculares para análise populacional

Resumo

A espécie vegetal Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum pertence à família Myrtaceae, que apresenta elevada importância na flora brasileira. Conhecida popularmente por "cataia", P. pseudocaryophyllus é uma mirtácea americana cuja ocorrência no Brasil é registrada desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. No Vale do Ribeira, a planta é bastante consumida como chá ou bebida alcoólica, sendo seu aroma resultante de seus óleos essenciais. A população a utiliza, ainda, para o combate de gripes, resfriados e fadiga, para inalações, massagens musculares e como diurético. Apesar de seu uso para consumo humano e da comercialização crescente da "pinga com cataia", pouco é sabido sobre a espécie. Alguns estudos iniciais, voltados para sua composição química, têm sugerido um potencial farmacológico, sendo que seus óleos essenciais podem ser os responsáveis por este potencial. Adicionalmente, já foram encontrados quimiotipos distintos entre populações analisadas, sendo que esta constituição química diferenciada pode ser o resultado de uma influência ambiental, genética, ou mesmo, de uma somatória destes dois fatores. P. pseudocaryophyllus é uma planta de valor econômico para o Vale do Ribeira que tem sido explorada por extrativismo predatório, fato que pode comprometer a dinâmica populacional da espécie, sua variabilidade genética e a manutenção do estoque natural regional, além de não garantir a fidelidade e a qualidade do produto, já que a composição química é influenciada pelas variações climáticas e edáficas. Considerando a ausência de conhecimento sobre a estrutura genética de suas populações, a forte pressão extrativista que têm sofrido na região do Vale do Ribeira e a devastação sofrida pela Mata Atlântica, torna-se fundamental o desenvolvimento de trabalhos científicos que possam trazer subsídios para o manejo e a conservação de P. pseudocaryophyllus. Uma metodologia altamente eficaz para tais fins está baseada no uso de marcadores moleculares, uma vez que estes revelam polimorfismos de DNA entre indivíduos geneticamente relacionados, sendo ferramentas valiosas para a genética de populações, mapeamento, análises de similaridade e distância genética e, como marcas de DNA que visam à identificação de acessos de plantas, isolados de um microrganismo ou estudos de sistemática. Dentre estes, os marcadores baseados na amplificação de microssatélites são altamente informativos e precisos, fornecendo resultados reprodutíveis e de alta confiabilidade. Assim, um banco enriquecido em microssatélites de P. pseudocaryophyllus foi obtido e seqüenciado, estando em fase de análise. O presente projeto propõe a caracterização deste banco, incluindo o desenho de primers, a padronização de reações de PCR para a busca de locos de microssatélites polimórficos e a análise de indivíduos de quatro populações, três localizadas no Vale do Ribeira - SP e uma no município de Caldas - MG. Os resultados obtidos poderão embasar estratégias de manejo e preservação da espécie e, ainda, gerar marcas de DNA que auxiliem na classificação botânica. Vale salientar que a ausência e a necessidade de estudos sobre muitas espécies de Mata Atlântica, como P. pseudocaryophyllus, é fundamental para auxiliar no uso mais racional de matérias-primas, promovendo o desenvolvimento sustentável da principal região em questão, o Vale do Ribeira. Além disso, sabe-se que o trabalho com marcadores SSR em espécies nativas ainda é difícil devido à ausência de locos caracterizados e primers específicos. Assim, este banco permitirá, também, o uso destes marcadores para investigações científicas envolvendo outras mirtáceas, uma vez que já foi comprovada a possibilidade de transferência de primers para espécies e até mesmo gêneros diferentes. O desenvolvimento do projeto com auxílio da FAPESP poderá, certamente, iniciar a nucleação de um grupo com capacidade de produzir um grande número de novas informações nesta área de atuação. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre o auxílio:
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