Neutrophil gelatinase associated lipocalin (NGAL) e evolução da lesão renal aguda em pacientes de terapia intensiva

Resumo

A lesão renal aguda (LRA) ocorre principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI) com incidência de 30%, enquanto que a hospitalar é 3-5%. A mortalidade destes pacientes tem se mantido inalterada nas últimas décadas, variando entre 50 e 70%. O padrão clínico para diagnóstico da LRA é a creatinina sérica, que é um método pouco sensível, tardio e incapaz de discriminar a severidade da lesão. Esse fato compromete o uso de terapias efetivas em tempo hábil e não permite vislumbrar a evolução pós LRA. A identificação da função residual e a previsão da perda irreversível da função renal representam estratégias diagnósticas representarão impacto na evolução clínica desses pacientes. O NGAL, proteína presente no sangue e na urina proveniente da lesão de células tubulares renais, capaz de detectar a LRA antes do aumento da creatinina, pode estabelecer medidas de prevenção e tratamento logo após o insulto, indicar o grau de severidade da lesão, identificar pacientes em regressão ou progressão da lesão e sugerir o início da terapia de substituição renal (TSR). Esse estudo visa caracterizar a evolução da função renal de pacientes com LRA por meio da creatinina e do NGAL. O enfermeiro está diretamente envolvido com a resolução epidemiológica dessa síndrome na condição de agente de saúde. (AU)