Influência da reposição hormonal e de antiinflamatórios sobre parâmetros morfológicos, histoquímicos e imunohistoquímicos em ratos com ou sem DTM induzida

Resumo

O mecanismo fisiológico das desordens da articulação temporomandibular e a dificuldade de estudos em humanos, levam ao um baixo entendimento sobre suas causas. As desordens da articulação temporomandibular (DTM) estão associadas com o processo inflamatório/dor, incluindo os componentes biológico e comportamental. A prevalência, severidade e duração da dor nas DTM são maiores no sexo feminino, afetando as mulheres principalmente nos anos reprodutivos. Alguns autores sugerem que os hormônios ovarianos (estrogênio) poderiam desenvolver um papel importante na etiologia das DTM. As medidas farmacológicas para o tratamento das disfunções temporomandilares aguda ou crônica incluem analgésicos, antiinflamatórios não esteróides e esteroidais, antidepressivos tricíclicos e anticonvulsantes para dores de origem neuropáticas. Os antiinflamatórios não esteroidais são apontadas por muitos pesquisadores como fármacos de escolha e os glicosaminoglicanos tem sido muito utilizado nos processos degenerativos (osteoartrite). Os objetivos dessa pesquisa serão avaliar in vivo os aspectos morfológicos, histoquímicos e imunohistoquímicos da ação do estrogênio (17beta-dietilestilbestrol), do parecoxibe, da dexametasona e da glicosamina nas ATM de animais ooforectomizadas e orquiectomizados. Os animais serão divididos previamente em dois grupos: com ou sem DTM induzida. Serão utilizados 144 ratos e 144 ratas distribuídos em 48 grupos (6 animais cada), considerando indução ou não da mau-oclusão; tratamento ou não com antiinflamatórios e glicosamina; castração ou não dos animias e; reposição hormonal ou sem reposição hormonal. A indução da mau-oclusão será feita através do deslocamento retrusivo da cabeça da mandíbula por um dispositivo confeccionado com bandas ortodônticas nos incisivos superiores. Após 7 dias da indução da mau-oclusão, os animais serão submetidos aos tratamentos propostos. Após 7 dias de tratamento, as ATM de ambos os lados serão retiradas em bloco. Uma das ATM será submetida, após fixação e descalcificação, ao processamento histológico (HE, Alcian Blue e Picrossirius Vermelho-Hematoxilina). A ATM contralateral será submetida à maceração, centrifugação e o sobrenadante submetido ao imunoensaio (ELISA) para avaliação das citocinas pró-inflamatórias (IL1-alfa, IL1-beta, IL-6 e TNF-alfa). A leitura será feita por espectrofotometria (comprimento de onda de 450nm com filtro de correção de 570nm). (AU)