Implementação de protótipo de equipamento para codificador híbrido fractal-wavelet de imagens digitais, com futura extensão para vídeo

Resumo

Os recentes avanços da tecnologia eletrônica de consumo e de telecomunicações permitem que imagens e vídeo digitais ocupem uma parcela cada vez maior do mundo da informação. Basta observar os avanços contínuos na tecnologia de impressoras, câmaras fotográficas, filmadoras digitais, celulares, PDAs que, com a redução de custos em hardware, trouxeram ao consumidor médio a possibilidade de integrá-las à vida cotidiana. Nesse âmbito, o campo da compressão de imagens vem experimentando uma explosão de interesse comercial por parte das grandes empresas. Crescem investimentos e pesquisas para o melhoramento de tecnologias existentes e procura de novas técnicas que ofereçam melhores desempenhos ou alternativas. Dentro deste contexto, recentemente foi desenvolvido na Unicamp, em pesquisa financiada pela FAPESP um codificador híbrido, Fractal-Wavelet, para imagens estáticas e vídeo, que aplica a velocidade da transformada Wavelet à excelente qualidade de imagens da compressão fractal, obtendo resultados superiores que aos desempenhados pelas técnicas separadamente [1]. Através da lNOVA, agência responsável pelos depósitos de propriedade intelectual da UNICAMP/FAPESP junto ao INPI, obteve-se o depósito de Patente #PI0605969-4, 2006, intitulado: 'Processo de codificação de imagens e vídeos digitais utilizando técnica hibrida Wavelet-Fractal' [2]. A patente mencionada teve destaque em alguns veículos de informação, tendo despertado o interesse de duas grandes empresas de telecomunicações. Recentemente, negociações junto a uma delas encontra-se em andamento para licenciamento através da agência lNOVA da UNICAMP. Entretanto, durante reuniões realizadas na FEEC/UNICAMP, os representantes dessa empresa solicitaram como condição necessária para o licenciamento, uma avaliação de desempenho que indicasse requisitos de hardware necessários para a execução do codificador/decodificador, feitas ou por eles próprios ou por parte dos pesquisadores. De maneira a manter o know-how na UNICAMP até que a licença seja efetivamente efetuada dado o contexto, resultados da patente, ampla gama de aplicações, bem como a conjuntura governamental junto à pequena empresa e perspectiva econômica de retorno da tecnologia; a presente proposta de projeto PIPE - fase I consiste na análise de viabilidade técnica da implementação em hardware da patente e a realização de testes de desempenho, de modo a licenciá-Io e/ou produzi-lo para comercialização. (AU)