Auxílio à pesquisa 24/02973-0 - Neoplasias, Exercício físico - BV FAPESP
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Impacto do sistema nervoso autônomo no câncer: mecanismos associados e efeito do treinamento físico

Processo: 24/02973-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Temático
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2030
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia do Esforço
Pesquisador responsável:Patricia Chakur Brum
Beneficiário:Patricia Chakur Brum
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Anamaria Aranha Camargo ; Gilberto de Castro Junior
Pesquisadores associados:Christiano Robles Rodrigues Alves ; Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz ; Elisângela Pinto Marinho de Almeida ; Juliane Cruz Campos ; Julio Cesar Batista Ferreira ; Leo Edmond Otterbein ; Luiz Henrique Marchesi Bozi ; Mariane Tami Amano ; Silvana Auxiliadora Bordin da Silva ; Telma Fátima da Cunha Moraes ; Vagner Roberto Antunes ; Vanessa Azevedo Voltarelli
Assunto(s):Neoplasias  Exercício físico 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:câncer | exercício físico | Heme oxigenase 1 | músculos esquelético e cardíaco | succinato | tumor | Oncologia do Exercício

Resumo

RESUMODados recentes mostram que o sistema nervoso autônomo, composto pelas divisões simpática e parassimpática, desempenha um papel significante na iniciação e progressão do câncer, influenciando negativamente o prognóstico do paciente, pois atua como um agente facilitador do microambiente tumoral estimulando o seu crescimento e desenvolvimento. O sistema nervoso simpático, por exemplo, está envolvido na imunomodulação, alterações cardíacas e musculoesqueléticas que estão relacionadas ao câncer, culminando em doenças sistêmicas associadas, aumento da prevalência de fatores de risco cardiovascular e síndromes paraneoplásicas como a caquexia. Apesar de as estratégias de tratamento do câncer terem evoluído e estarem relacionadas a um aumento da sobrevida, elas apresentam um impacto limitado nas taxas de cura e na qualidade de vida, além de poderem causar efeitos adversos, tais como, fadiga, dor, déficit cognitivo, cardiotoxicidade e perda de massa muscular. Dessa forma, terapias associadas e complementares, que contribuam para a modulação do sistema nervoso autônomo e para a redução dos efeitos adversos do câncer e de seu tratamento são essenciais. Assim, o treinamento físico tem se mostrado como uma estratégia eficaz na modulação do sistema nervoso autônomo, reduzindo a atividade nervosa simpática, melhorando o balanço simpatovagal e a função e estrutura dos músculos cardíaco e esquelético em outras doenças crônicas, como a insuficiência cardíaca. Dados recentes de nosso grupo mostram que o treinamento físico também atua no microambiente tumoral e sobre as células do sistema imune, levando à redução da taxa de crescimento tumoral. No entanto, não se sabe se esses efeitos benéficos do treinamento físico tanto no microambiente tumoral como nos músculos cardíaco e esquelético estão associados à uma atenuação da disfunção autonômica. Os mecanismos moleculares associados à ação do sistema nervoso autônomo no câncer também são pouco conhecidos. Porém, nosso grupo tem estudado alguns alvos que parecem ser modulados ou interagir com o sistema nervoso autônomo, os quais são potencialmente modulados pelo treinamento físico. Um destes alvos é a proteína hemoxigenase-1, que atua na degradação do grupo heme da hemoglobina, liberando seus subprodutos e contribuindo para a prevenção do dano celular e miopatia em doenças sistêmicas. Já o outro alvo é o succinato, metabólito da succinato desidrogenase, que consiste em um complexo enzimático presente na membrana interna da mitocôndria e que participa do ciclo de Krebs e da cadeia transportadora de elétrons. Dessa forma, na presente proposta de projeto temático, serão desenvolvidos 10 projetos com o objetivo de elucidar lacunas da literatura relacionadas à modulação do sistema nervoso autônomo no câncer, com ênfase na sinalização adrenérgica, em modelos experimentais e em estudos clínicos. Esses projetos serão realizados em duas etapas: Etapa 1 - Relação entre sistema nervoso autônomo e câncer - para verificar a influência do sistema nervoso autônomo no crescimento tumoral, no sistema imune, na morfofuncionalidade dos músculos cardíaco e esquelético e nos mecanismos moleculares; e Etapa 2 - Efeito do treinamento físico - para avaliar o potencial do treinamento físico no restabelecimento da homeostase autonômica, favorecendo o controle da progressão da doença. (AU)

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