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Sincronia fenológica entre plantas e polinizadores e possíveis desajustes em resposta às mudanças climáticas no campo rupestre, um ecossistema de montanha tropical

Processo: 24/02200-1
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de novembro de 2024 - 31 de outubro de 2026
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Beneficiário:Leonor Patricia Cerdeira Morellato
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/10639-5 - Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima, AP.CEPID
Bolsa(s) vinculada(s):24/18193-4 - Sincronia fenológica entre plantas e polinizadores e possíveis desajustes em resposta às mudanças climáticas no campo rupestre, um ecossistema de montanha tropical, BP.JD
Assunto(s):Mudança climática 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:campo rupestre | Climate Change | Phenology | Plant-pollinator interactions | pollination | tropical mountain | Ecologia da polinização e fenologia

Resumo

As mudanças climáticas são previstas para induzir alterações nos eventos fenológicos entre as espécies, com respostas variadas às condições ambientais em mudança. Consequentemente, as interações entre espécies podem ser interrompidas devido a desajustes fenológicos. Sistemas mutualísticos, como as interações entre plantas e polinizadores, são esperados para serem particularmente vulneráveis, já que ambos os parceiros se beneficiam da interação e provavelmente sofrerão com sua interrupção. No curto prazo, os polinizadores são esperados para serem mais vulneráveis do que as plantas, especialmente os visitantes de flores obrigatórios como as abelhas, que dependem de recursos florais para sobrevivência. Ao contrário da maioria das plantas, que podem mitigar a falta de polinizadores através de autopolinização, reprodução vegetativa, bancos de sementes e iteroparidade, os polinizadores são menos adaptáveis. Desajustes fenológicos também são esperados para afetar espécies especialistas de plantas e polinizadores mais do que espécies oportunísticas, já que os especialistas interagem com um grupo restrito de parceiros, necessitando de uma maior sincronização. O grau de sincronia fenológica entre espécies que interagem depende da semelhança dos sinais ambientais que regem seus eventos fenológicos. Em áreas temperadas, onde a pesquisa tem sido concentrada, tanto as plantas quanto os polinizadores exibem sincronização com a sazonalidade da temperatura. No entanto, a dessincronização fenológica ainda surge devido a variações na sensibilidade das espécies aos sinais ambientais, influenciadas por traços morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Nossa pesquisa anterior revelou que os padrões fenológicos nas abelhas tropicais brasileiras também são principalmente termorregulados, mesmo diante de uma sazonalidade de temperatura mais branda, e exibem variações semelhantes às observadas em regiões temperadas em resposta a traços comparáveis. No entanto, comparações diretas com a fenologia das plantas, essenciais para analisar a sincronização fenológica e possíveis desajustes causados pelo aquecimento global, ainda não foram realizadas em escala comunitária. Esta proposta tem como objetivo analisar a sincronia fenológica e os possíveis desajustes fenológicos entre plantas e polinizadores em resposta às mudanças climáticas em um ecossistema tropical. Ele começará identificando os sinais ambientais e características que impulsionam a fenologia da floração das plantas e a forragem dos polinizadores, estimando a magnitude dos desajustes fenológicos causados por variações climáticas e determinando se o nível de sincronia fenológica é maior entre espécies especializadas. O estudo será conduzido ao longo de um gradiente altitudinal como uma substituição espaço-temporal, dada a falta de dados de séries temporais suficientemente longas. O ecossistema de campo rupestre na Serra do Cipó, localizado ao sul da Serra do Espinhaço, foi selecionado como local de estudo devido à sua grande heterogeneidade espacial e ao conhecimento acumulado do grupo de Dr. P. Morellato na área. A amostragem das interações planta-abelha ocorrerá ao longo de um ano ao longo do gradiente altitudinal na Serra do Cipó. Espécies de abelhas e plantas serão segregadas com base em diferentes traços funcionais, com as frequências espaço-temporais dos grupos de características correlacionadas com a variabilidade climática para identificar os impulsionadores fenológicos. A sincronia fenológica e os possíveis desajustes entre plantas e polinizadores serão analisados calculando diferenças em seus picos fenológicos sob o gradiente ambiental. Esperamos encontrar sinais ambientais semelhantes impulsionando a forragem de abelhas e a fenologia de floração das plantas, diferenças fenológicas entre diferentes grupos funcionais de abelhas e plantas e maior sincronização entre plantas especialistas em abelhas e seus polinizadores. (AU)

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