Hidrogênio verde e transição energética. Desafio regulatórios, tecnológicos, produtivos e de descarbonização para o Mercosul

Resumo

O H2V tem ganhado muito interesse na América Latina, atraindo a atenção da academia, setores políticos e empresariais, indo ao encontro do interesse mundial por fontes de energia renováveis, transição energética e descarbonização. Regiões dos países que integram América Latina são ricas em recursos naturais, e fontes de energia, como a solar e eólica, e onde a produção de H2V se posiciona como uma alternativa estratégica. Esta alternativa pode beneficiar a nível local e também abrir portas para que alguns países se tornem exportadores. Ao mesmo tempo, estas questões têm se tornado ponto de atenção dos governos, empresas e organizações que estão investindo em pesquisas e desenvolvimento de soluções tecnológicas, da cadeia de produção de H2V. Há também iniciativas de colaboração entre países, na busca por dar impulso a pesquisas conjuntas, para encontrar soluções e modelos de negócio colaborativos. Nesse contexto, o estudo proposto busca realizar análises integrando os aspectos regulatórios, tecnológicos, econômicos, ambientais e produtivos, associados à produção de H2V, no âmbito do Mercosul. Desde a ótica regional e interdisciplinar, a pesquisa propõe a identificação de oportunidades estratégicas, e abordagem de desafios específicos e particulares, para que se consiga o estabelecimento do H2V como recurso energético sustentável em países do Mercosul. O foco da pesquisa busca entender a integração efetiva da produção de H2V na matriz energética nacional, além de identificar possibilidades de uso em setores industriais, a fim de que o H2V se estabeleça como combustível, trazendo impactos positivos, desde os aspectos que são foco da pesquisa. Busca-se também gerar oportunidades de avançar na cadeia de valor do H2V, como chave para a reindustrialização no âmbito energético sustentável, de acordo com as particularidades de cada região e/ou país. Desta forma, não apenas busca-se entender os desafios inerentes ao processo, como também identificar e mostrar as oportunidades para que aconteça uma transição energética justa. (AU)