Graphic Design Histories for Creative Dissent: Archiving and Ethical Challenges

Resumo

Este oportuno projeto centra-se nos objetos gráficos de protesto de rua para movimentos globais. Ao definir e envolver-se criticamente com histórias da dissidência criativa desde a década de 1950 no Brasil, na África do Sul e no Reino Unido, o projeto revela a capacidade do design gráfico tanto para abordar como para exacerbar crises e desigualdades sociais. Considerando protestos de todo o espectro político, o projeto considera axiomático que a 'democracia' pode ser definida de diferentes maneiras: que a democracia liberal de esquerda não é o mesmo que a democracia populista de direita, e que ambas dão origem a protestos e a objetos de protesto nas ruas. Esta pesquisa eticamente fundamentada questiona: Quais são as especificidades nacionais dos modos de comunicação visual para comunidades de resistência no Brasil, na África do Sul e no Reino Unido? Como a memória cultural do desenvolvimento das lutas pela democracia pode apoiar e perpetuar o trabalho das instituições arquivísticas no futuro? O projeto situa-se na intersecção entre história e prática do design gráfico, trabalhando em estreita colaboração com especialistas nas áreas de estudos arquivísticos críticos, história da arte, filosofia, ciência política, mídia, estudos culturais e religiosos. Ele congrega estas perspectivas através de estudos de casos históricos que abrangem os últimos 70 anos em cada país parceiro, bem como de workshops, palestras e 'conversações' ('in conversations') liderados por perspectivas de design, para investigar a influência de formas materiais e criativas de dissidência e para compartilhar melhores práticas para o desenvolvimento rigoroso e ético de práticas de arquivamento. O projeto defende uma abordagem que considera indissociáveis práticas criativas e formas de conhecer enquanto modo de produção de conhecimento. Os resultados criativos da pesquisa incluem um documentário, publicações alternativas e um site de pesquisa. Este projeto traz avanços para o conhecimento sobre movimentos de protesto, demonstrando o papel do material desenvolvido através de práticas de design para a conscientização, a formação de identidades e a articulação de opiniões e demandas, apoiando futuras democracias, fundamentadas em modelos justos de governança e confiança. (AU)