Auxílio à pesquisa 24/02947-0 - Crise, Desastres ambientais - BV FAPESP
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Abordagens psicossociais e históricas de sociedades em situação de crise

Processo: 24/02947-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisador Visitante - Internacional
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Neri de Barros Almeida
Beneficiário:Neri de Barros Almeida
Pesquisador visitante: Julian Yves Manley
Instituição do Pesquisador Visitante: University Of Central Lancashire/Uclan, Inglaterra
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/02912-3 - Uma história conectada da Idade Média: comunicação e circulação a partir do Mediterrâneo, AP.TEM
Assunto(s):Crise  Desastres ambientais  Memória  Resiliência 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Crise | desastres ambientais | memória | pensamento ecológico | perspectiva de futuro | resiliência | Psicossociologia

Resumo

O projeto "Abordagens psicossociais e históricas de sociedades em situação de crise" pretende, por meio de abordagem teórica e multidisciplinar, gerar e aprimorar ferramentas para a definição e análise de situações de crise em sociedades do passado. O objetivo fundamental é melhorar a compreensão por parte de historiadores das reações sociais às situações de crise. Tendo em vista que reações sociais a crises mobilizam padrões de memória e esquecimento que integram a memória social e a memória subjetiva, e que nem sempre estes padrões são claros para os historiadores, as discussões serão conduzidas em torno da interação entre História e Psicologia Social. As discussões teóricas serão realizadas a partir da análise de dados provenientes de crises sociais decorrentes de "desastres ambientais". Com efeito, pelo seu ineditismo, as mudanças climáticas constituem um divisor de águas na história social dos "desastres ambientais". No entanto, as experiências pregressas afetam a maneira como reagimos a elas hoje. A Psicologia Social aplicada à atual crise climática, pode colocar em evidência dados de memória que formatam comportamentos, valores e emoções, promovendo o estabelecimento, ampliação e a crítica de critérios de pesquisa dedicadas à história social das "crises ambientais" do passado. Traços estes, aliás, que apesar de sua relevância podem ter passado despercebido para os historiadores em sua reconstituição das sociedades antigas. A cooperação com a Psicossociologia apoia, assim, tanto o conhecimento do passado remoto quanto o desenvolvimento de uma via de reconstituição histórica original e socialmente relevante que une o passado e o presente e, também, o futuro. O diálogo entre a História e a Psicologia não é novo. No entanto, o desenvolvimento dos estudos psicossociais ampliou as bases dessa interlocução de forma significativa. O Dr. Julian Y. Manley é pesquisador psicossocial atuante como professor de Inovação Social na University of Central Lancashire (https://www.uclan.ac.uk/) e como Diretor da Climate Psychology Alliance (https://www.climatepsychologyalliance.org/). Seus estudos sobre crise estão orientados em duas direções complementares. Em primeiro lugar, o estudo do enfrentamento, continuado e bem-sucedido, da cidade de Preston no Reino Unido à grave crise de origem econômica iniciada nos anos 1980. Em segundo lugar, a investigação dos condicionantes psicossociais envolvidos na reação social às mudanças climáticas. Embora centrado no debate entre História e Psicologia Social, o projeto contribui para estudos de outras áreas que tenham como objeto situações de crise ou que são por elas impactados e que fazem uso de conceitos como crise, crise ambiental, desastre ambiental, mudanças climáticas, memória, representação, resiliência, vulnerabilidade, cooperação, paradigma ecológico, desenvolvimento e crescimento. Desse modo, associam-se a esta proposta projetos e pesquisadores das áreas de sociologia, urbanismo e geologia, que compartilham esses mesmos interesses, dificuldades e campos conceituais, cuja cooperação tornará mais rica e profunda a temporada de trabalho proposta. Finalmente, é importante ressaltar a importância que os estudos sobre as crises e sobre as respostas às crises adquiriram nos últimos anos, em diversas áreas do conhecimento. Esta questão, aliás, foi objeto de uma escola doutoral e de uma publicação coletiva da qual participaram vários dos proponentes deste plano de atividades. (AU)

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