Auxílio à pesquisa 23/10264-7 - Apneia obstrutiva do sono, Diagnóstico - BV FAPESP
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Telessaúde para diagnóstico e tratamento da Apneia Obstrutiva do Sono no SUS

Processo: 23/10264-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Luciano Ferreira Drager
Beneficiário:Luciano Ferreira Drager
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho ; Evelinda Marramon Trindade ; Geraldo Lorenzi Filho ; Pedro Rodrigues Genta ; Sonia Dias Lanza Freire
Assunto(s):Apneia obstrutiva do sono  Diagnóstico  Pressão positiva contínua nas vias aéreas  Telemedicina  Medicina do sono 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:apneia obstrutiva do sono | diagnóstico | Poligrafia do sono | pressão positiva continua nas vias aereas | Telessaúde | Medicina do Sono

Resumo

Contexto: O envelhecimento da população brasileira determina novos desafios para as políticas públicas de saúde. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) foram responsáveis por 54,7% das mortes no Brasil em 2019. As doenças do aparelho circulatório e as doenças do aparelho respiratório estão entre as principais causas de mortalidade. A apneia obstrutiva do sono (AOS) acomete cerca de 33% da população adulta. A AOS, além de ser a doença respiratória mais comum, quando se apresenta na forma grave, contribui para aumento da mortalidade cardiovascular. No entanto, a maior parte dos pacientes com suspeita de AOS não têm acesso a métodos diagnósticos ou tratamento no SUS. O tratamento da AOS inclui desde medidas simples, incluindo evitar o decúbito dorsal durante o sono, desobstrução nasal, perda de peso, exercício orofaringe, até medidas mais especializadas como cirurgias, uso de placa de avanço mandibular e tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). O tratamento da AOS grave com CPAP está associado à melhora da sonolência, qualidade de vida e pode reduzir o risco cardiovascular. Em função da falta de uma política pública que contemple o diagnóstico e tratamento da AOS, o Estado de São Paulo tem sido palco de múltiplas ações judiciais. Realizamos em 2019, em parceria com Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, um mutirão que avaliou através de poligrafia domiciliar uma fila de 1013 pacientes com suspeita de AOS. Nesse mesmo estudo, foi validado em uma amostra de 413 pacientes o sistema de poligrafia Biologix, uma startup nacional apoiada pela FAPESP (3 PIPEs fase III) que é capaz de realizar o diagnóstico de AOS no domicílio através de um sistema de baixo custo e análise automática na nuvem. Hipóteses: Nossas 3 hipóteses principais são: 1) A maior parte dos pacientes diagnosticados com AOS no mutirão de 2019 permanece sem orientação ou tratamento adequado. 2) A utilização da telessaúde permitirá a implementação de um programa custo efetivo para o diagnóstico e orientação dos pacientes com AOS leve a moderada, bem como o tratamento e acompanhamento com CPAP nos casos de AOS grave. 3) Os resultados das fases 1 e 2 permitirão estruturar um programa perene para diagnóstico e tratamento da AOS. Métodos: Fase 1: Realizaremos entrevista estruturada por telessaúde nos pacientes diagnosticados com AOS no mutirão de 2019 (n=806). Estimamos que obteremos contato com sucesso em 50% da amostra. Os pacientes com AOS grave que permaneceram sem orientação ou tratamento adequado serão encaminhados para a fase 2. Fase 2: Faremos teleatendimento dos pacientes advindos da fase 1 (nE 120) e também de pacientes da fila do sistema CROSS para polissonografia da DRS 1 (Grande São Paulo), totalizando 1600 pacientes. Todos os pacientes farão teleatendimento, teleconsulta e poligrafia domiciliar Biologix. Os pacientes com AOS leve a moderada receberão orientação padronizada por teleconsulta. Os pacientes com AOS grave serão encaminhados para adaptação de CPAP e acompanhamento por telemonitoramento (nE 330). Os pacientes serão randomizados a receber CPAP automático ou CPAP com pressão fixa. Os pacientes com pressão fixa iniciarão com CPAP= 8 cmH2O e a pressão subirá de 2 em 2 cmH2O com titulação guiada por dados fornecidos on-line pelo CPAP. Esse desenho experimental permitirá responder a uma hipótese secundária de que o CPAP fixo resulta em adesão semelhante ao CPAP automático. O objetivo principal da fase 2 será prover dados objetivos do custo necessário para o diagnóstico e tratamento efetivo dos pacientes com AOS grave com CPAP. Fase 3: A fase 3 acontecerá ao longo de todo o estudo. Serão realizadas reuniões sistemáticas com os gestores públicos que acompanharão o projeto e com o objetivo de incorporação pela CONITEC de protocolo de diagnóstico e tratamento da AOS baseado em telessaúde. (AU)

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