Biologia da célula secretora em espécies de rosales

Resumo

Estruturas secretoras são responsáveis pela produção, pelo isolamento e/ou liberação de metabólitos secundários nas plantas. Podem ocorrer como células individualizadas ou estruturas pluricelulares de diversos tipos e funções, registradas em quase todas as partes do corpo da planta. Exibem grande diversidade morfológica e química, e importante papel na interação da planta com os elementos de seu ambiente. Na ordem Rosales, que compreende cerca de 8 mil espécies classificadas em nove famílias, a grande diversidade de tipos, a ampla distribuição taxonômica e de ocorrência de estruturas secretores no corpo das plantas apontaram mudanças de paradigmas anatômicos, taxonômicos e funcionais. Dados sobre diversidade de formas e de distribuição das estruturas secretores nas flores de Rosales foram obtidos em dois projetos de auxílio à pesquisa anteriores, que caracterizaram o desenvolvimento floral de espécies do clado Urticoide (Cannabaceae, Moraceae, Ulmaceae, Urticaceae) (AP Fapesp 2014/07453-3) e as estruturas secretoras florais de espécies de Rosales (AP Fapesp 2018/03691-8). Assim, com o objetivo de caracterizar formas e processos que agem na diversificação de estruturas secretoras em plantas, este projeto reúne uma equipe de pesquisadores pluridisciplinares para compreender, em detalhe, a biologia da célula secretora, desde sua diferenciação, até o processo de secreção, utilizando espécies da ordem Rosales como modelos de estudo. 20 espécies de seis famílias (Cannabaceae, Moraceae, Ulmaceae, Urticaceae, Elaeagnaceae, Rhamnaceae) de Rosales foram selecionadas com bases em nossos estudos anteriores. Célula de mucilagem, sistema laticífero, tricoma e emergência secretores serão detalhadamente abordados. Para tal, amostras de folha, caule e órgãos florais em várias fases de desenvolvimento serão coletadas e processadas para análises de superfície, histológica, química, de histolocalização de substâncias, de estrutura 3D, de microtomografia por raios-X e citoquímica ultraestrutural. Espera-se: (1) caracterizar a diversidade microscópica de formas e processos envolvidos na diferenciação da célula secretora e na dinâmica da secreção; (2) formar recursos humanos qualificados para atuação em pesquisa na área; (3) fortalecer a linha de pesquisa da proponente e dos pesquisadores associados; (4) divulgar os dados obtidos em publicações de circulação internacional. (AU)