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Plasticidade fenotípica de macacos-prego (gênero Sapajus) fase 2: investigação sobre efeitos de antropização do ambiente

Processo: 21/11269-7
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático
Vigência: 01 de fevereiro de 2023 - 31 de janeiro de 2028
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:Patrícia Izar Mauro
Beneficiário:Patrícia Izar Mauro
Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores principais:
Briseida Dôgo de Resende
Pesquisadores associados: Andrea Presotto ; Briseida Dôgo de Resende ; Cibele Biondo ; Francisco Dyonisio Cardoso Mendes ; Gabriel Ramos-Fernandez ; Hazel Byrne ; Hilton Ferreira Japyassú ; Jessica Lynch Alfaro ; Kristin Allison Wright ; Luciana Inés Oklander ; Myra Frances Laird ; Rogério Grassetto Teixeira da Cunha ; Valentina Truppa ; Valéria Romano de Paula ; Waldney Pereira Martins
Bolsa(s) vinculada(s):24/00522-1 - Plasticidade fenotípica de macacos-prego (gênero Sapajus) fase 2: Divulgação científica, BP.JC
24/00523-8 - Plasticidade fenotípica de macacos-prego (gênero Sapajus) fase 2: divulgação científica, BP.JC
23/14704-1 - Plasticidade fenotípica de macacos-prego (gênero Sapajus) fase 2: Organização e abastecimento do banco de dados da pesquisa, BP.TT
Assunto(s):Primatologia  Cultura animal  Desenvolvimento  Genômica  Saúde Única  Mídias sociais 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cultura animal | desenvolvimento | evolução do comportamento | Genômica | redes sociais | Saúde Única | Primatologia

Resumo

No último século, a ação antrópica tem transformado aceleradamente os habitats naturais de muitas espécies animais. Uma hipótese corrente é que a resiliência diferencial de espécies à alteração antrópica do habitat é função de sua plasticidade, que permitiria rápidos ajustes ao ambiente em modificação. No entanto, a questão fundamental de pesquisa atual é entender se de fato mudança ambiental rápida induzida pela ação antrópica promove plasticidade e diversidade fenotípica, ou limita plasticidade e diminui diversidade, mesmo em espécies resilientes, em função dos custos da plasticidade e/ou de maior previsibilidade/menor diversidade ambiental. Este projeto tem como objetivo central investigar a relação entre plasticidade comportamental, adaptabilidade e resiliência de primatas a ambientes em rápida modificação, tendo como modelo o gênero de primata neotropical Sapajus, conhecido popularmente como macaco-prego. Para tanto, daremos continuidade à pesquisa sobre desenvolvimento do comportamento de macacos-prego em três populações/espécies já estudadas, S. nigritus no Parque Estadual Carlos Botelho, SP, S. libidinosus na Fazenda Boa Vista (FBV), PI, e S. xanthosternos na Reserva Biológica de UNA, BA, e incluiremos pelo menos mais duas populações de cada espécie: S. nigritus no Parque Estadual Águas da Prata, SP e no Corredor Biológico Urugua-í-Foerster e na Reserva Yacutinga, Missiones, Argentina; S. libidinosus no Parque Nacional de Brasília, DF e no manguezal de Barreirinhas, MA; S. xanthosternos no distrito de Santa Rosa de Lima, MG e no Parque Estadual da Lapa Grande, no município de Montes Claros, MG. A execução de um conjunto de nove objetivos contribuirá para avançar a fronteira do conhecimento sobre evolução da plasticidade fenotípica de três formas. Primeiro, sob a contemporânea perspectiva teórica da síntese estendida da evolução, ampliaremos a investigação, iniciada no projeto anterior, sobre a contribuição de plasticidade e de diversificação genética para diversidade fenotípica. Segundo, contribuiremos para entender se plasticidade afeta processos evolutivos e se o contexto de acelerada mudança ambiental pode aumentar ou reduzir plasticidade. O cenário recente de antropização dos habitats ocupados por populações de Sapajus oferece uma oportunidade única para essa investigação. Terceiro, ao investigar a relação entre antropização do ambiente e variação na plasticidade fenotípica e diversidade genética, contribuiremos para entender resiliência. Com base no conceito de Saúde Única, além de entender como os organismos reagem às ações antrópicas que levam às alterações ambientais, cabe à ciência compartilhar com a sociedade, as suas descobertas e construir junto com as diferentes comunidades onde atua intervenções que visem à promoção de um ambiente mais saudável para todos os seres vivos. Assim, investigaremos as formas de interação humano/Sapajus em diferentes locais, trabalhando em conjunto com as comunidades que apresentem diferentes formas de envolvimento com os animais para embasar estratégias de conservação e manejo de espécies não humanas, incluindo redução de conflito e promoção de co-existência entre comunidades humanas e fauna silvestre. Este projeto de pesquisa mantém o atendimento às prioridades de pesquisa levantadas para o gênero Sapajus por primatólogos especialistas reunidos na rede de pesquisa Capuchin Action Network, visando à conservação das diversas espécies e populações do gênero. Este projeto é multicêntrico, envolvendo pesquisadoras/es brasileiras/os da USP, UFABC, UNB, UNIMONTES, norte-americanos, das Universidades da Califórnia, Los Angeles, de Medicina e Biociências de Kansas, e Departamento de Geografia e Geociências da Salisbury University, europeus, do Instituto de Ciência e Cognição de Roma, Itália e do Centro Nacional de Pesquisa Cientifica (CNRS), França, uma pesquisadora do CONICET, Argentina, e um pesquisador da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). (AU)

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