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Potencial metastático da peroxirredoxina 2 em Melanomas NRAs-mutados

Processo: 22/09245-5
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de março de 2023 - 28 de fevereiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica
Pesquisador responsável:Silvya Stuchi Maria-Engler
Beneficiário:Silvya Stuchi Maria-Engler
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Auxílios(s) vinculado(s):24/06396-8 - Modelagem da heterogeneidade do melanoma in vitro: perfis de redox, resistência e pigmentação., PUB.ART
23/08397-9 - Formulações livres de antibióticos e de nutrientes para feridas crônicas, AP.R SPRINT
Assunto(s):Pele  Melanoma  Cultura de células  Metástase  Peroxirredoxinas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cultura de células | melanoma | Nras | pele | peroxiredoxinas | pele e melanoma

Resumo

O melanoma cutâneo é uma neoplasia curável quando diagnosticada em estágios iniciais, mas está associada a uma pior evolução na doença avançada. Lesões de melanoma em locais expostos ao sol e associadas a uma alta carga mutacional e regulação epigenética aberrante, contribuem para o desenvolvimento e progressão da doença. Este é o tipo de câncer de pele com maior potencial metastático, o que leva a sua alta taxa de mortalidade. As principais mutações ocorrem na via das MAPKs: 50% dos pacientes apresentam alterações em BRAF, 15-20% em NRAS e os demais em NF1 ou triplo selvagem. A terapia alvo-dirigida revolucionou o tratamento do melanoma com o uso de inibidores de BRAF e MEK, porém a resistência intrínseca e adquirida acarreta na falha do tratamento. Nesse sentido, mutações em NRAS caracterizam um tumor ainda mais agressivo e sem opções terapêuticas específicas, relacionando esta mutação a um pior prognóstico. A heterogeneidade intratumoral ocorre como consequência da plasticidade fenotípica das células, que assumem e transitam por diferentes estados transcricionais controlados pelos níveis de MITF, tornando as células mais proliferativas ou invasivas. Tal evento está relacionado à metástase e falha da terapia. Dessa forma, vias alternativas devem ser exploradas como potenciais opções para o tratamento de pacientes com mutações em NRAS. Tendo em vista que um dos fatores que limitam a eficácia da terapia alvo-dirigida é a resistência ao estresse oxidativo, o controle da homeostase redox é um interessante ponto de partida. O peróxido de hidrogênio desempenha um papel central na sinalização redox, estando envolvido em todos os hallmarks do câncer, desde proliferação a metabolismo, angiogênese e escape do sistema imune. Além disso, o peróxido de hidrogênio é capaz de alterar os níveis de MITF. Nesse contexto, moléculas que controlem sua ação apresentam substancial interesse. As peroxiredoxinas (PRDXs) são as principais enzimas consumidoras de peróxido de hidrogênio nas células devido a sua alta expressão e capacidade catalítica. Diversos estudos relatam a ação de enzimas antioxidantes na homeostase redox e na tumorigênese. Além do papel excepcional das PRDXs removendo o oxidante do meio, ao se tornarem oxidadas e inativas, elas permitem que o peróxido de hidrogênio reaja direta ou indiretamente com outros alvos, regulando assim a sinalização redox da célula. Devido a sua função central no controle do peróxido de hidrogênio, as PRDXs estão envolvidas diretamente em diferentes tipos de câncer. De fato, a isoforma PRDX2 está epigeneticamente silenciada em alguns canceres e nosso grupo demonstrou recentemente que ela também está diminuída em pacientes com metástase de melanoma, reforçando seu envolvimento com o processo de invasão. Nesse sentido, foi demonstrado que a PRDX2 é capaz de induzir a estabilidade de junções aderentes em melanomas com mutação em BRAF. Porém ainda não existem estudos que relacionem PRDXs a mutação em NRAS, sendo assim, observamos que linhagens de melanomas com mutação em NRAS mostraram diferentes perfis proliferativos e invasivos, correspondente à diferença de expressão de PRDX2. Assim, nossa proposta é investigar o papel da PRDX2 na plasticidade fenotípica de melanomas com mutação em NRAS. Para isso, será estudado o silenciamento dessa proteína por edição gênica (shRNA) e por um inibidor farmacológico de PRDXs (Conoidina A), além do efeito da sua restauração pelo uso da gliotoxina, um mimético de PRDX. Serão avaliados os parâmetros funcionais como proliferação, capacidade de formação de colônias, migração e invasão em modelos de pele 3D. Tais observações reforçam nossa hipótese de que a PRDX2 pode ser um novo alvo na busca de medicamentos mais específicos para melanomas com mutação em NRAS. (AU)

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