Aplicação da nanotecnologia para o desenvolvimento de novos revestimentos antimicrobianos baseados em compostos de origem vegetal (plant-based) para conservação pós-colheita de frutas e hortaliças

Resumo

O Brasil passou em poucas décadas de importador de alimentos para um dos principais produtores e exportadores. Atualmente é o terceiro produtor mundial de frutas e autossuficiente na produção de hortaliças. Problemas na conservação pós-colheita e contaminações microbianas são apontados como questões importantes não só para o mercado externo, como também interno. A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 trouxe para o mundo uma maior preocupação com a oferta e preservação de alimentos, e o seu consumo dentro do que se considera um alimento seguro - sem contaminações microbianas. Revestimentos comestíveis são alternativas para preservação pós-colheita, com baixo custo, com ações antimicrobianas, em geral focadas em fungos fitopatogênicos. A nanotecnologia pode ser uma importante aliada nessa situação, podendo colaborar com a conservação e preservação dos alimentos, de forma sustentável, prolongando a vida de prateleira e inibindo contaminações microbianas como fungos, bactérias e vírus. Para tanto serão avaliadas partículas de base orgânica de origem vegetal (plant-based), em revestimentos comestíveis (nano e convencional) aditivados com óleos essenciais (OEs) para conservação pós-colheita com atividade antimicrobiana (fungos, bactérias e vírus). Potenciais ativos para revestimentos e óleos essenciais (OEs) em distintas combinações, serão analisados para propriedades físicas caracterizando os materiais com a realização em ensaios em laboratório para a verificação da atividade antimicrobiana por meio de ensaios in vitro para fungos fitopatogênicos, e para bactérias e vírus patogênicos ao homem. Desta forma, objetiva-se avançar com a tecnologia de revestimentos com ações antimicrobianas, por meio do uso da nanotecnologia para preservação e garantia de um alimento seguro com controle antimicrobiano de maior espectro. (AU)