Fortalecimento das cadeias produtivas do babaçu, buriti e castanha-do-pará por meio da produção sustentável de concentrados proteicos, óleos e peptídeos bioativos

Resumo

A floresta Amazônica possui inestimável riqueza quanto a fauna e flora, contudo, o desmatamento vertiginoso dos últimos 10 anos ameaça esse patrimônio natural da humanidade. A atividade madeireira, pecuária, mineradora e o plantio de soja são os protagonistas do desmatamento. Embora a soja domine o campo dos produtos plant-based (à base de plantas), fontes de proteínas alternativas à proteína animal, a busca por novas matérias primas ganha destaque. O babaçu, buriti e a castanha-do-pará, são produtos florestais não madeireiros (PFNM), que possuem considerável teor de proteínas e são fonte de renda para as famílias amazônidas. A partir do manejo sustentável desses frutos é possível fortalecer as cadeias produtivas das reservas extrativistas e contribuir para a redução do desmatamento, uma vez que são frutos Amazônicos. Portanto, essa proposta endereça esforços no atendimento ao Eixo Norteador III: Promover o fortalecimento das cadeias produtivas sustentáveis dos amazônidas. Por meio das parcerias firmadas entre as instituições USP, IFAM, UFPI, EMBRAPA, especialistas, empresas privadas e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Piauí, objetiva-se mapear as áreas produtivas e de desmatamento do babaçu, buriti e da castanha-do-pará, produzir e caracterizar os concentrados proteícos, buscar junto aos órgãos regulamentadores a certificação dos produtos e subprodutos, gerar peptídeos bioativos que são potenciais agentes nutracêuticos, capacitar os membros das cooperativas extrativistas para o manejo sustentável. A implementação da presente proposta, possibilitará contribuir para o perfil nutricional desses alimentos, investir no manejo sustentável dos PFNM, aumentar a produtividade, agregar valor e maior retorno econômico-social aos povos amazônidas. (AU)