Avaliação de vias de pró-resolução na Colite experimental induzida por DSS

Resumo

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) constituem uma inflamação crônica idiopática do trato gastrointestinal. Nas últimas décadas, ganharam relevância devido a um aumento expressivo na sua incidência e prevalência. Atualmente, o tratamento das DII é pautado em medicamentos que atuam sobre vias anti-inflamatórias, havendo diversos casos com pacientes não responsivos ou que apresentam efeitos colaterais significativos. Diante desse fato, novas vertentes terapêuticas vêm sendo estudadas, destacando-se as que buscam atuar sobre mecanismos endógenos de resolução da inflamação. A resolução da inflamação é um processo ativo, conduzido pela síntese de mediadores lipídicos de pró-resolução. Possíveis alterações na via desses mediadores podem perpetuar o processo inflamatório e provocar alterações na mucosa intestinal. Dessa forma, este estudo tem como objetivo utilizar o modelo animal de inflamação intestinal para avaliar as alterações encontradas no perfil inflamatório e resolutivo durante a inflamação da mucosa intestinal, e investigar o efeito terapêutico do mediador lipídico de pró-resolução, Resolvina D2 (RvD2). Para tanto, serão utilizados camundongos machos C57/BL6, divididos em grupo controle e grupo experimental, que receberão, respectivamente, somente água potável e água potável com sulfato de sódio dextrano (DSS), por 7 dias. Posteriormente, quatro grupos de camundongos com colite experimental serão tratados, via intraperitoneal, com RvD2 0,3¼g/animal/4dias, RvD2 1¼g/animal/4dias, anti-TNF± 5mg/Kg/dose única ou solução salina. Ao longo dos protocolos será avaliado o peso, a ingestão e o Índice de Atividade da Doença (IAD). Após serão coletadas amostras da mucosa intestinal para a caracterização da via de biossíntese e atividade da RvD2, através das técnicas de PCR em tempo real, imuno-histoquímica e análise de lipidômica. Será avaliado ainda o perfil inflamatório destes camundongos com colite induzida por DSS e tratados com resolvina D2. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Unicamp (CEUA, 4919-1/2018). (AU)