Aplicações das espectroscopias de RMN e infravermelho na análise não-destrutiva de produtos e processos agroindustriais

Resumo

A agricultura é uma das atividades humana que permitiu a evolução do ser humano como sociedade, pois é a principal fonte de alimentos, humana e animal, além de ser fonte de fibras e combustíveis. Esses materiais são conhecidos em inglês como 4F (Food, Feed, Fiber and Fuel). Em face ao aumento contínuo da população humana, alterações nos padrões climáticos e dispersão cada vez mais rápida de pragas e doenças, as pesquisas agrícolas têm que, não só que aumentar cada vez mais a produtividade, como gerar produtos de maior qualidade, com maior tempo de prateleira e, ao mesmo tempo, gerar tecnologias para que os sistemas produtivos sejam cada vez menos poluentes. Assim, pesquisas na área agrícola envolvem cada vez mais estudos e conhecimentos de química, física e biologia, não apenas como disciplinas isoladas, mas também com todas as suas complexas inter-relações com as pesquisas agrícolas tradicionais como agronomia, veterinária entre muitas outras. Por isso, a maior parte das pesquisas atuais na área agrícola são multidisciplinares e multiinstitucionais, executadas em parcerias entre pesquisadores das áreas agrícolas com pesquisadores das ciências básicas e engenharias. É dentro desse escopo multidisciplinar e com múltiplas parcerias interinstitucionais, com foco em tecnologias "verdes" é que se encontra o objetivo desse projeto de pesquisa que é: Desenvolver instrumentação e métodos de ressonância magnética nuclear (RMN) em baixo e alto campo e de espectroscopias na região do infravermelho, próximo e médio, para análise não-destrutiva ou não invasiva, análises sem ou com mínima geração de resíduos tóxicos. Essas instrumentações e métodos serão usados para análise tanto de produtos originários do campo (4F) quanto de produtos que são usados no campo como defensivos agrícolas, fertilizantes, etc. e em processos agro-industriais. Além disso, esse projeto visa ainda, quando passível, transformar esses conhecimentos em tecnologias verdes e que possam ser usadas beneficiar não só os produtores rurais, agro-indústrias, mas também o consumidor final. (AU)