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Cidadania dos povos da floresta como forma de resiliência aos desastres: aprendizados da COVID-19

Processo: 21/07558-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de maio de 2022 - 30 de abril de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Sociologia Rural
Convênio/Acordo: Trans-Atlantic Platform for the Social Sciences and Humanities
Pesquisador responsável:Rodrigo Constante Martins
Beneficiário:Rodrigo Constante Martins
Pesq. responsável no exterior: Luke Thomas Wyn Parry
Instituição no exterior: Lancaster University, Inglaterra
Pesq. responsável no exterior: Peter Newton
Instituição no exterior: University of Colorado Boulder, Estados Unidos
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Gabriela Spanghero Lotta ; Lorena Guadalupe Barberia ; Thiago Fonseca Morello Ramalho da Silva
Bolsa(s) vinculada(s):22/08598-1 - Amazônia pós-pandemia: estratégias de ação e recuperação de povos da floresta em contexto de vulnerabilidade socioambiental, BP.PD
Assunto(s):Amazônia  Meio ambiente  Sustentabilidade  Vulnerabilidade socioambiental  Cidadania  Governança democrática  Participação política  Resiliência e desastres naturais  Pandemias  COVID-19  Pós-pandemia 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amazonia | direitos | Meio Ambiente | Poder | Política | Vulnerabilidade socioambiental

Resumo

A "cidadania dos de baixo", um processo pelo qual as pessoas marginalizadas se auto-organizam para criar cidadania por meio de reconhecimento e reivindicação de direitos, é crucial para a superação de desastres, resiliência e renovação social. Notadamente, as práticas, redes e instituições que surgiram pela primeira vez por meio da cidadania vinda de baixo, estão sendo utilizadas em resposta à COVID-19. A Amazônia brasileira constitui uma arena para examinar como as pessoas marginalizadas que são desproporcionalmente afetadas pela COVID-19, estão recorrendo a práticas de cidadania, tanto para mitigar os efeitos sociais negativos da pandemia, quanto para apoiar a recuperação e a superação deste desastre, isto é, dando um 'salto para frente' (em vez de para trás) que trará maior resiliência no mundo pós-pandemia. A cidadania que emerge de baixo para cima com relação à pandemia de COVID-19, é mais visceralmente vista nas regiões da floresta Amazônica. Lá, as pessoas se engajam na 'cidadania dos povos da floresta', que definimos como i) lutas por reconhecimento de diferentes instituições, o que permite a ii) reivindicação de direitos dessas instituições. A cidadania dos povos da floresta, tem sido fundamental para a conservação da biodiversidade (por exemplo, por meio de reservas de uso sustentável) nas últimas décadas. Vemos a COVID-19 como uma "ruptura" à qual a cidadania florestal pode responder positivamente; pode ser "impulsionada para a frente" na renovação da sociedade, em busca de governança democrática e participação política. Este projeto reúne uma equipe multidisciplinar para entender as maneiras pelas quais a cidadania florestal na Amazônia e, em outros lugares, pode aumentar a resiliência a desastres. Nosso foco é compreender e realçar a capacidade dos povos da floresta para ação coletiva e mudanças que geram transformação. O projeto irá buscar o entendimento empírico e teórico do que seja a cidadania florestal - colocando abordagens para promover a cidadania e a resiliência do Brasil, dos Estados Unidos e do Reino Unido no diálogo - por meio de uma rede de pesquisa transatlântica que apoiará melhorias locais na resiliência a desastres. Nossos objetivos são: (1) quantificar as ligações entre a cidadania florestal e a resiliência à COVID-19; (2) compreender as práticas de cidadania florestal em relação às experiências de COVID-19; (3) basear-se em práticas de cidadania florestal que podem ser adaptadas e aplicadas em outros lugares para aumentar a resiliência a desastres de comunidades florestais. Esses objetivos são atendidos por meio de três pacotes de trabalho interligados (WPs), especificamente: análise quantitativa de dados secundários de saúde, governança e ambientais (toda a Amazônia brasileira) (WP1), trabalho de campo qualitativo em municípios selecionados no estado do Amazonas e Acre (WP2) e intervenções / pesquisa-ação (WP3). Nossa pesquisa é baseada em uma 'ciência de equipe' interdisciplinar e não hierárquica, que inclui diversas vozes, tipos de conhecimento e sistemas de valores, incluindo os dos povos da floresta, o que leva a melhores resultados. Nossa ambição é que o legado do projeto seja uma Amazônia brasileira que "saltou" para uma sociedade renovada, mais igualitária, inclusiva e justa. (AU)

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