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XIV Colóquio Internacional do LEPSI / VI Congresso rede INFEIES / X Colóquio internacional RUEPSY: "Os nomes da criança: infâncias, alteridade e inclusão"

Processo: 21/07621-7
Modalidade de apoio:Auxílio Organização - Reunião Científica
Vigência: 18 de novembro de 2021 - 20 de novembro de 2021
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Educação - Fundamentos da Educação
Pesquisador responsável:Rinaldo Voltolini
Beneficiário:Rinaldo Voltolini
Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Alteridade  Crianças  Inclusão  Psicanálise  Psicanálise e educação 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:alteridade | crianças | Educação | Inclusão | Psicanálise | Psicanálise e Educação

Resumo

Há pelo menos um século, o termo infância ganhou entre nós uma resplandecência. Comemora-se que a civilização tenha reconhecido a existência das crianças depois de séculos de desconsideração. As crianças, certamente, sempre existiram, mas agora possuem um estatuto político: a infância. Esta emancipação política da infância mereceria ser parcimoniosamente analisada, seja em sua concepção, seja em suas consequências, pelo menos quando observamos a extrema desigualdade com que as crianças são tomadas pelas políticas públicas criadas para elas: as políticas para a infância.De uma invisibilidade histórica a uma visibilidade panóptica - eis uma fórmula que parece introduzir esta análise por uma boa porta. De uma condição de não sujeito à outra de um sujeito universal: "A" infância. Trata-se de um universal predicativo: toda criança é! Aquele tipo de universal que forma a base, segundo Lacan, do discurso do universitário, no qual um saber universal (S2), que deve valer igualmente para todos, se apresenta como o saber referencial para as boas práticas. A educação centrada na criança, por exemplo, paradigma com o qual a pedagogia contemporânea tenta marcar seu progresso democrático em relação às práticas educativas anteriores, constitui uma boa ilustração da presença do discurso do universitário. Compondo-se dos vários saberes advindos das ciências da educação, a pedagogia vai autorizar-se extraindo deste campo uma imagem total da criança - panóptica - na qual centra sua ação. Mas, lembremos, a definição de um centro é mais política do que topológica: todo centro constitui sua periferia; nem todo mundo pode morar no centro e a própria ideia de marginalidade não é senão um nome para marcar que o centro sempre cria uma margem. Em nosso colóquio buscaremos pluralizar o universal e recuperar com isso a dimensão política suprimida pela ciência em suas relações com o capital. É a este lugar lógico que fazemos referência para encontrar apoio para complicar o universal. (AU)

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