Determinação de fatores de risco associados a resposta imune, microbioma / viroma e metabolômica na evolução da infecção pelo novo Coronavirus (SARS-CoV-2) em pacientes oncológicos diagnosticados com COVID-19

Resumo

Desde o início de dezembro de 2019, um surto por um novo vírus identificado como SARS-CoV-2 iniciou-se em Wuhan, província de Hubei, China. Diante deste avanço alarmante para diversos países além da China, em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde decretou que a doença causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) é uma pandemia. O comportamento da infecção em pacientes imunodeprimidos ainda foi pouco estudado. Entretando, a exemplo dos demais vírus respiratórios que acometem essa população, a infecção pode causar complicações graves como, infecções do trato respiratório inferior (ITRI), bronquiolite obliterante (BO) e até o óbito. Objetivos: Determinação de fatores de risco, resposta imune e microbioma e identificação de proteínas e metabólitos na evolução da infecção pelo novo Coronavirus (SARS-CoV-2) em pacientes receptores de transplante de células hematopoiéticas (TCH), com neoplasias hematológicas ou tumores sólidos. Materiais e métodos: O presente estudo é observacional do tipo coorte prospectiva com enfoque nas infecções pelo SARS-CoV-2 nos receptores de TCH, neoplasias hematológicas e pacientes com tumores sólidos; adicionalmente na mudança no perfil metabolômico devido à interação originada pelo processo infeccioso-tumor. Todos esses pacientes devem receber atendimento no A.C.Camargo Cancer Center (ACCCC), São Paulo, Brasil. Conclusão: A determinação em conjunto da interação entre preditores clínicos, composição e dinâmica temporal da microbiota nasal e intestinal, a resposta imune celular do hospedeiro e identificação de proteínas e metabólitos, pode contribuir para o entendimento dos fatores de risco que levam a progressão para infecções graves e óbito entre pacientes oncológicos diagnosticados com a COVID-19. Adicionalmente, no futuro próximo, poderão consubstanciar estratégias de manejo da infecção pelo SARS-CoV-2 ao identificar os pacientes de maior risco para desenvolverem os quadros mais graves da doença. (AU)