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Competências socioemocionais e comportamento antissocial em adolescentes-meninas expostas a experiências adversas: análise comparativa entre Chile e Brasil

Processo: 20/07599-9
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de maio de 2021 - 30 de abril de 2024
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
Convênio/Acordo: Universidad de la Frontera
Pesquisador responsável:Marina Rezende Bazon
Beneficiário:Marina Rezende Bazon
Pesq. responsável no exterior: Paula Andrea Alarcon Bañares
Instituição no exterior: Universidad de La Frontera (UFRO), Chile
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Pesquisadores associados:André Vilela Komatsu ; Daniela Paz Zúniga Silva ; Jorge Luiz da Silva ; Lorena Soledad Wenger Amengual ; Ricardo Pérez-luco Arenas
Assunto(s):Comportamento antissocial  Desenvolvimento socioemocional  Vulnerabilidade social  Violência  Adolescentes  Meninas 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:adverse childhood experiences | antisocial behavior | Gender | Resilience | socioemocional competencies | violence | comportamento antissocial

Resumo

Dentre as várias problemáticas que afetam a América Latina, a violência é uma das mais importantes, pois se constitui em um sério obstáculo ao pleno desenvolvimento humano e social. O grupo social mais vulnerável à violência, na América Latina, é constituído pelos jovens das camadas populares. Eles figuram como vítimas e como autores de violência em um número crescente de situações. Essa realidade vem sendo abordada no meio acadêmico-científico, e gerando preocupação no âmbito da opinião pública, respaldando algumas políticas públicas para os jovens. Essas ações são, contudo, gerais e não incluem de forma clara uma perspectiva de gênero. Sabe-se que as meninas são especialmente vulneráveis à violência, pois à idade e ao nível socioeconômico, acrescentam-se os relacionados à perspectiva de gênero. Nessa esteira, as taxas de participação de adolescentes-meninas em atos infracionais e em violência têm aumentado significativamente, de forma mais acelerada que as dos adolescentes-meninos. Essas adolescentes têm, quase sempre, um histórico de importante submissão à violência, enquanto vítimas, seja no contexto familiar, seja no comunitário. Seu desenvolvimento, assim como suas necessidades e dificuldades psicossociais específicas não são, contudo, bem conhecidos, pois a maior parte dos investimentos feitos nessa área, até o momento, centraram no sexo masculino, promovendo programas e serviços de prevenção e de intervenção psicossociais genéricos. Esse fato amplia o denominado "gender gap" e, por consequência, as disparidades nessa seara que marcam a América Latina. A intenção, com o presente estudo, é contribuir com o conhecimento das especificidades que compõem o desenvolvimento psicossocial de adolescentes-meninas vivendo em comunidades com indicadores de maior vulnerabilidade social. O objetivo será investigar seus comportamentos sociais (pró e antissociais) em função dos níveis de exposição a experiências adversas (violências) e recursos protetivos a elas disponibilizados (atinentes à resiliência), considerando a possível mediação dos processos operados pelas competências socioemocionais (especificamente empatia e autocontrole). A abordagem metodológica desta pesquisa transcultural, realizada concomitantemente no Brasil/estado de São Paulo e no Chile/Araucania e Los Rios, será quantitativa. As amostras, de lado a lodo, girarão em torno de 1200 adolescentes (600 de cada gênero), compostas por conveniência. Os jovens serão recrutados em escolas, nas séries que correspondam à faixa etária compreendida entre os 14 e os 18 anos, ou seja, a segunda fase da adolescência, uma vez que nesta os comportamentos sociais se tornam mais intencionais, mostrando-se claramente associados à identidade social em desenvolvimento. Para alcançar os objetivos, os dados nos dois países serão comparados, de modo a se verificar pareamento das amostras e, depois, tratos estatisticamente. Deve-se proceder a análises descritivas, exploratórias e, em seguida, as correlacionais, de agrupamento/clusterizações e inferenciais (regressões logísticas). Ressalta-se que o modo mais robusto de estudar processos psicológicos, como os visados nessa pesquisa, é através de estudos transculturais, pois esses permitem entender o que é próprio do desenvolvimento humano (constâncias) e o que se deve às influências ambientais (variações). As equipes envolvidas no estudo pertencem a instituições que já possuem um protocolo firmado de colaboração - a FFCLRP/USP e a Faculdade de Psicologia da UFRO. Ademais, têm em ampla experiência na área e podem, inclusive, serem consideradas em suas realidades socioculturais referências na temática da violência juvenil/delinquência juvenil. A colaboração pretendida oferecerá as condições para os dois grupos avançarem na direção das questões de gênero, alinhando-se à diretrizes propostas na Agenda 2030, pelas Nações Unidades, e a consolidarem seu relacionamento assim como a internacionalização de suas Unidades de trabalho. (AU)

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