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Nanopartículas de ouro reduzem inflamação em microvasos cerebrais de camundongos com sepse

Processo: 21/01084-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de março de 2021 - 31 de agosto de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia
Pesquisador responsável:Stephen Fernandes de Paula Rodrigues
Beneficiário:Stephen Fernandes de Paula Rodrigues
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Camundongos 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cell adhesion molecules | Gold nanoparticles | mice | Septic encephalopathy | Nanofarmacologia

Resumo

Introdução: Sepse é uma condição médica emergencial que pode levar à morte e é definida como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida causada por desregulação imune em reposta a uma infecção. É considerada a principal assassina nas unidades de terapia intensiva. A encefalopatia associada à sepse (EAS) é em grande parte causada por uma resposta inflamatória sistêmica induzida pela sepse. Estudos demonstram EAS em 14% a 63% dos pacientes com sepse. Os principais sintomas da EAS não são específicos e geralmente incluem prejuízo da consciência, delírio e/ou coma, acompanhado de mudanças no eletroencefalograma (EEG). Para aqueles que se recuperam da sepse e da EAS, prejuízo da função cognitiva, da mobilidade e da qualidade de vida são frequentemente observados meses a anos após a alta hospitalar e não existe tratamento hoje em dia para prevenir esses sintomas. Inflamação e estresse oxidativo são fatores-chave na patofisiologia da EAS. Foi demonstrado que nanopartículas de ouro possuem importantes propriedades anti-inflamatórias. Foi demonstrado também que nanopartículas de ouro recobertas com citrato (AuNP-cit) e com 20 nanômetros (nm) de diâmetro reduzem estresse oxidativo. Nesse contexto, testamos se AuNP-cit com 20 nm de diâmetro poderia aliviar as mudanças agudas causadas pela sepse no cérebro de camundongos, com foco na inflamação. Sepse foi induzida em camundongos fêmeas C57BL/6 por ligação e perfuração do ceco (CLP), AuNP-cit com 20 nm ou solução fisiológica foi injetada intravenosamente (IV) 2h após a indução da sepse e os experimentos foram realizados 6h após a indução. Microscopia intravital foi utilizada a adesão de leucócitos e plaquetas no cérebro, a permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE) avaliada pelo ensaio com azul de Evans, citocinas medidas por ELISA e PCR em tempo real, moléculas de adesão celular (MACs) por citometria de fluxo e imunohistoquímica e fatores de transcrição por "western blotting". Resultados: O tratamento com AuNP-cit com 20nm reduziu as aderências leucocitária e plaquetária aos vasos sanguíneos cerebrais, preveniu a falha da BHE, reduziu a concentração de TNF-± no cérebro e a expressão de ICAM-1 tanto nos leucócitos polimorfonucleares circulantes (PMN) quanto nos vasos sanguíneos cerebrais de camundongos com sepse. Além disso, AuNP-cit com 20 nm não interferiram com o efeito antibiótico sobre a taxa de sobrevivência de camundongos com sepse. Conclusões: AuNP-cit demonstrou importantes propriedades anti-inflamatórias no cérebro de camundongos com sepse, sendo um candidato potencial a ser utilizado como um fármaco adjuvante juntamente com antibióticos no tratamento de sepse para evitar a EAS. (AU)

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