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Estudo da atividade anti-tumorigênica da proteína recombinante Amblyomin-X em células-tronco de ependimoma pediátrico: desenvolvimento de possível terapia alvo

Processo: 19/27624-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de novembro de 2020 - 31 de outubro de 2023
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Sergio Cavalheiro
Beneficiário:Sergio Cavalheiro
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Pesquisadores associados:Ana Marisa Chudzinski-Tavassi ; Lorena Favaro Pavon Porfirio
Assunto(s):Amblyomin-X  Ependimoma  Modelos animais  Complexo de endopeptidases do proteassoma 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:amblyomin-X | ependimoma | Modelo Animal | Neuroesferas | Proteassoma | stem cell CD133 | Neuro-Oncologia

Resumo

Ependimomas são um grupo de tumores gliais derivados das células ependimárias que revestem a superfície ventricular. Surgem mais frequentemente das paredes do quarto ventrículo na fossa posterior. Tais tumores representam cerca de 6 a 12% de todos os tumores cerebrais, 25% dos tumores da medula e 8% dos tumores cerebrais pediátricos e representam terceiro tumor maligno na infância. Ependimomas geralmente são tumores de crescimento lento, sendo mais frequentes em crianças e adultos jovens. São classificados como ependimoma mixopapilar (grau I), ependimoma clássico (grau II) e ependimoma anaplásico (grau III). O tratamento principal dos pacientes com diagnóstico de ependimoma consiste na ressecção cirúrgica máxima, geralmente seguida de radioterapia adjuvante que, na maioria dos casos, não apresenta sucesso terapêutico, bem como a quimioterapia, a qual não tem desempenhado importante papel no controle desses tumores. Dessa forma, é de extrema relevância, portanto, a procura de novos estudos metodológicos na compreensão da gênese do ependimoma da infância, bem como seus mecanismos de resistência às terapêuticas disponíveis, visando a redução da mortalidade destes pacientes. O difícil controle desses tumores poderia se justificar, entre outras hipóteses, pela competência das células tumorais aos moldes de células-tronco. A hipótese da célula-tronco tumoral descreve que os tumores são mantidos por uma fração de células raras que possuem propriedades de células-tronco, sendo sua natureza definida pela formação de neuroesferas tumorais, as quais contêm uma subpopulaçao de células CD133+ que iniciam os gliomas. As células ependimárias adultas, foram previamente descritas como derivadas de um subconjunto de células progenitoras de glias radiais (CD133+/Nestina+/RC2+/BLBP), durante a embriogênese. Essas células descrevem um perfil molecular, onde a co-expressão desses marcadores poderia estabelecer uma correlação entre o estado indiferenciado dessas células e a tumorigênese dos ependimomas.A hipótese da célula-tronco tumoral, deste modo, poderia justificar a alta agressividade, bem como a grande resistência do ependimoma aos processos terapêuticos comumente utilizados. Achados recentes da literatura descrevem que as neuroesferas tumorais (conjunto clonogênico de células CD133+) são quimio/radio resistentes, sendo que a recorrência desse tumor é caracterizada pela "dormant-like cells" e assim, assegura a hipótese de que a natureza quiescente das células CD133+ resiste ao tratamento das terapias convencionais. Recentemente, foi demonstrado que a proteína recombinante Amblyomin-X, identificada no transcriptoma de Amblyomma cajennense, quando testada em diferentes linhagens de células neoplásicas, apresentou atividade apoptótica in vitro e atividade anti-tumoral in vivo, bem como atividade anti-metastática e anti-angiogênica; não possuindo atividade em células normais como fibroblastos e células endoteliais de cordão humbilical humano (HUVECs). Experimentos in vitro demonstraram que o Amblyomin-X é capaz de inibir o proteassoma de células tumorais, bem como ocasionar alterações no ciclo celular dessas células. A partir de conhecimetos prévios, bem fundamentados pelo nosso grupo de pesquisa, não só no processo de seleção de células-tronco tumorais e formação de neuroesferas, mas no estabelecimento da cultura primária de ependimoma e confecção de seu modelo experimental (Pavon et al., 2018), a presente proposta pretende estudar o mecanismo de ação molecular do Amblyomin-X nas neuroesferas (células-tronco CD133+) de ependimoma anaplásico (grau III), a fim de estabelecer um possível alvo oncoterapêutico. Desta forma, estudaremos a possível inibição da atividade do proteassoma e o controle da expressão gênica através de vias de sinalização, por transcriptoma. (AU)

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