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Os sistemas de acasalamento dos cefalópodes como modelos para estudos sobre seleção sexual e táticas alternativas de reprodução: uma revisão

Processo: 20/02041-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Vigência: 01 de maio de 2020 - 31 de outubro de 2020
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:José Eduardo Amoroso Rodriguez Marian
Beneficiário:José Eduardo Amoroso Rodriguez Marian
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Morfologia  Fisiologia  Seleção sexual  Plasticidade fenotípica 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:dimorfismo intrassexual masculino | Fisiologia | Morfologia | plasticidade fenotípica | Seleção sexual | Táticas alternativas de reprodução | Seleção sexual

Resumo

Cefalópodes compõem um excelente modelo para estudos sobre seleção sexual. Esses moluscos exibem comportamento reprodutivo complexo, dimorfismo sexual pronunciado e poligamia. Evidências recentes sugerem ainda que a competição espermática seja intensa e que há mecanismos de escolha críptica da fêmea. Este trabalho apresenta uma breve revisão sobre estudos de seleção sexual em cefalópodes, com ênfase no sistema de acasalamento das lulas da família Loliginidae. Nesse sistema, os machos apresentam táticas alternativas de reprodução (TARs) e dimorfismo intrassexual, cada morfotipo geralmente exibindo comportamentos e produtos ejaculatórios distintos. Por exemplo, machos "consort" transferem espermatóforos à cavidade do manto da fêmea, ao passo que machos "sneaker" os depositam na região bucal, onde há um órgão de armazenamento de espermatozoides. Cada sítio provê contextos de fertilização distintos, diferindo, por exemplo, na disponibilidade de ovócitos e no intervalo entre cópula e fertilização. Os produtos ejaculatórios de "sneakers" e "consorts" exibem atributos possivelmente associados a adaptações a cada respectivo sítio de fertilização, diferindo no tamanho, morfologia, duração da liberação de esperma e no comportamento natatório dos espermatozoides. Além disso, evidências recentes baseadas em uma espécie de Loliginidae (Doryteuthis pleii) sugerem que as TARs sejam ontogenéticas, o que implicaria em mudanças drásticas no comportamento, fisiologia e anatomia dos machos durante a fase de transição entre morfotipos. A idade dos machos de D. pleii sugere ainda que as TARs estejam associadas à extensão do período reprodutivo dos machos em 25%. Por ser um sistema de acasalamento tão peculiar, esse modelo poderá ser útil não somente para a compreensão da evolução da poliandria e TARs em cefalópodes, mas também para testar a robustez dos modelos de seleção sexual vigentes, baseados principalmente em vertebrados e artrópodes. (AU)

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