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Práticas culturais juvenis: modos de ser, estar e representar na metrópole

Processo: 19/14717-0
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Vigência: 01 de outubro de 2019 - 30 de setembro de 2022
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
Pesquisador responsável:Alexandre Barbosa Pereira
Beneficiário:Alexandre Barbosa Pereira
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):20/08357-9 - Práticas culturais juvenis: modos de ser, estar e representar na metrópole, BP.TT
Assunto(s):Atividades de lazer  Metrópoles  Gerações 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atividades de lazer | Espaços urbanos | gerações | Juventudes | Metrópole | Movimentos Juvenís | Antropologia da Juventude

Resumo

A juventude e as muitas concepções a seu respeito tem despontado como fundamental numa séria de controvérsias públicas no Brasil, desde as chamadas Jornadas de Junho em 2013, passando pelos rolezinhos, às ocupações das escolas públicas pelos estudantes secundaristas, os jovens têm sido alçados a diferentes e contraditórias representações, como vítimas, como delinquentes ou como agentes de uma suposta transformação política. Com base nisso, a proposta deste projeto é indagar a noção de juventude como construção histórica, atentando para como ela pode ser apreendida a partir de três perspectivas principais: 1) A da juventude com uma experiência vivida; 2) A da juventude como um campo de intervenção de políticas públicas e de representações simbólicas; 3) A da juventude como valor ou estilo de vida altamente valorizado no mundo contemporâneo. Dialoga-se, assim, de alguma maneira, com o modo como Karl Mannheim (1993) concebe a experiência geracional, como uma representação cultural e como uma situação social compartilhada por determinados indivíduos. O que se pretende, portanto, é entender e detalhar melhor as múltiplas representações que sobre a juventude, tanto a partir da forma como as políticas públicas, nos campos da cultura e da educação, e os enfoques midiáticos têm retratado tal noção, principalmente no que diz respeito ao modo como se aborda a juventude pobre, como da maneira como essa noção transforma-se também a representação de um estilo de vida altamente valorizado. Da mesma forma, busca-se compreender as performances, artefatos e produções juvenis em ato, voltando-se etnograficamente para determinados e relevantes contextos juvenis na Região Metropolitana de São Paulo, onde será possível apreender essa juventude vivida em suas vicissitudes. Quer se alcançar, assim, o que Carles Feixa e Pam Nilan (2009) nomeiam com os mundos plurais que constituem subjetividades juvenis com base em discursos e práticas que se apresentam como paradoxais e não dicotômicos.No que se refere à perspectiva da juventude como experiência vivida, o projeto pretende acompanhar, por meio de pesquisa de campo, as práticas culturais juvenis que se realizam em dois determinados pontos de encontro na Região Metropolitana de São Paulo, o Centro Cultural São Paulo, na capital, e a Praça da Moça, em Diadema. Ambos espaços importantes de encontro de jovens adeptos de diferentes práticas e estilos juvenis. O objetivo é tomar esses dois espaços como ponto de partida para traçar as múltipals e diversificadas cartografias juvenis na Grande São Paulo, pensando a experiência de ser jovem no Brasil atual. Com relação às outras duas frentes da pesquisa, a da juventude como campo de intervenção de políticas públicas e como valor ou estilo de vida que se quer adotar ou prolongar, tomar-se à como material de pesquisa as produções discursivas sobre a juventude que são elaboradas pelos mais diferentes veículos de mídia e pelas políticas públicas de educação e cultura, além de um amplo levantamento da produção acadêmica nacional sobre o tema da juventude desde o início dos anos 2000. Em síntese, a pesquisa pretende realizar uma pesquisa multissituada, que atente para diferentes espaços, agentes e instituições que ajudem a pensar como a noção de juventude tem sido produzido e transformada na sociedade atual. Nesse sentido, o objetivo não é apresentar uma definição rígida e muito delimitada de juventude, muito pelo contrário, o que se quer é apreender as muitas formas de ser, estar e representar a juventude na maior metrópole da América do Sul. (AU)

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